SEIS MESES APÓS MASSACRE, 78 PRESOS SEGUEM FORAGIDOS EM MANAUS-AM
Segundo dados do governo, 225 presos fugiram durante rebelião.
Dos
225 presos fugitivos do massacre ocorrido na virada do ano, 78 seguem
foragidos, conforme levantamento da Secretaria de Estado de Administração
Penitenciária do Amazonas (Seap). Desde janeiro, alguns presidiários foram
recapturados e outros foram assassinados na cidade.
As
fugas ocorreram durante o segundo maior massacre em cadeias do Brasil. Na
ocasião, 56 detentos foram mortos, muitos decapitados. Os presos fugiram entre
o dia 1º e 2 de janeiro no Instituto Penal Antônio Trindade (Ipat) e Complexo
Penitenciário Anísio Jobim (Compaj).
Após
as mortes nas cadeias, a Secretaria de Segurança Pública do Amazonas (SSP-AM)
transferiu, emergencialmente, 284 presos para a então desativada Cadeia Pública
Raimundo Vidal Pessoa, no Centro de Manaus, onde houve outro motim, além de
fugas e mortes. Presos apontados como líderes da matança foram levados para
presídios federais fora do estado.
Após
a crise carcerária no estado, a Força Nacional foi acionada e continua na
barreira de acesso ao Complexo Penitenciário Anísio Jobim, onde a maioria dos
detentos foram assassinados.
Investigação
Com
seis meses de investigação, a Polícia Civil do Amazonas ainda não tem previsão
para o encerramento do inquérito que investiga a morte de 56 detentos no
Compaj. O processo judicial é considerado o maior do Brasil em número de
indiciados e ainda pode aumentar, segundo a polícia.
"A
gente tem um documento que vai entrar para a história, dada a multiplicidade de
vítimas, de autores, e todas as peculiaridades que envolvem esse caso",
comenta Ivo Martins, delegado-geral adjunto.
Não
há um número exato, mas fala-se em pelo menos 200 detentos indiciados. Segundo
Martins, a parte mais complexa do caso é a individualização da conduta e
responsabilidade de cada infrator. Imagens do massacre que circularam na
internet, bem como imagens do circuito de segurança da penitenciária, são
usadas para auxiliar na tarefa.
Fonte/Foto: G1 AM/Divulgação SEAP
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