PARÁ: LAUDOS DO CASO PAU D'ARCO NA RETA FINAL
A
prisão de 11 policiais militares e 2 civis de Redenção, no sul do Pará, por 30
dias, pode ser prorrogada ou convertida em preventiva, e o Ministério Público
estadual continua a apurar as dez mortes em Pau D’Arco, durante a operação
policial na fazenda Santa Lúcia, em maio. Algumas medidas ainda dependem de
laudos técnicos. Uma das linhas de investigação é de que houve execução e
financiamento da ação: parte dos tiros foi à queima-roupa, de cima para baixo,
e nenhuma das dez vítimas tinha resquícios de pólvora nas mãos.
A
delação premiada de um delegado e um investigador da polícia civil pôs fim ao
silêncio oficial quanto às circunstâncias das dez mortes. Conforme os
delatores, os PMs perseguiram pela mata fechada e cercaram os posseiros, antes
de executá-los.
Em
entrevista coletiva no final da tarde, ontem, o procurador-geral de justiça
Gilberto Valente Martins, os promotores de justiça Alfredo Martins de Amorim,
José Alberto Grisi Dantas e Leonardo Jorge Lima Caldas - autores do pedido de
prisão temporária - e a procuradora da República Tatiana Versiani, deram
informações sobre o caso. Os delatores estão incluídos no programa de proteção
às testemunhas.
Na
noite da sexta-feira, 7, o pedido de prisão foi recebido pelo superintendente
da Polícia Federal no Pará, delegado Uálame Machado, que procurou a Secretaria
de Segurança e cumpriu os mandados hoje de manhã. Os envolvidos foram
notificados para que se apresentassem por dever funcional, e atenderam
espontaneamente. Os militares estão recolhidos ao quartel da PM e os policiais
civis ao quartel do Corpo de Bombeiros.
Os
laudos balísticos e da reprodução simulada servirão para individualizar as
condutas. Durante sete dias, peritos estiveram na Fazenda Santa Lúcia, para a
reconstituição da ação, finalizada ontem. O laudo de balística deve ficar
pronto ainda nesta semana.
Fonte: Franssinete Florenzano, em uruatapera.blogspot.com.br
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