CENÁRIOS E POSSIBILIDADES POLÍTICAS PARAUARAS
O
meio político ferve. Pesquisas eleitorais proliferam nos bastidores, cada qual
sondando cenários diversos, embora a maioria não seja divulgada. Há uma saindo
do forno esta semana, da Doxa, de Dornélio Silva. O Instituto Paraná,
recentemente, publicou uma liderada pelo ministro Helder Barbalho(PMDB), para o
governo do Estado. Único pré-candidato que se mantém nessa condição desde a
campanha passada, quando alcançou metade
do eleitorado, ele sofreu duro revés com a menção de seu nome por empreiteiras
envolvidas na Operação Lava-Jato, mas continua em boa posição. O índice de
rejeição, contudo, é alto.
Por
outro lado, a Paraná pôs a ex-governadora Ana Júlia Carepa pelo PT, mas o
partido tem apontado o senador Paulo Rocha como candidato. E citou só a
vereadora Marinor Brito pelo PSOL, quando há grande chance de o candidato ser o
deputado federal Edmilson Rodrigues. Pelo instituto, unidos, PMDB e PT
ganhariam facilmente o governo do Pará. O problema é superar as dissensões em
nível nacional e as desavenças locais e regionais. Difícil, embora não
impossível, palavra que não existe no dicionário político.
Já
o governador Simão Jatene está repetindo o mistério que fez nas eleições
anteriores. No ano passado chegou a admitir que se candidataria ao Senado,
junto com o senador Flexa Ribeiro. Depois, mudou de ideia, ante a sucessão de
acontecimentos políticos. Para desespero da bancada governista, que não
consegue ter um prumo para definir candidaturas e apoios.
O
Senado, como se sabe, é o paraíso dos políticos e o destino comum a
ex-governadores. Mas se Jatene pensar estrategicamente no fortalecimento do
PSDB parauara e da coligação que sustenta seu governo, sairá candidato a
deputado estadual, em uma ampla aliança. Há os que riem dessa hipótese,
considerada improvável. Acontece que muitos não têm a menor ideia da força do
poder Legislativo. Nada no Executivo - orçamento, empréstimos, programas,
projetos, diferimentos tributários, viagens, por exemplo - funciona sem que seja
aprovado pela Assembleia Legislativa.
De
modo que, se o governador quiser fazer uma bancada tucana e de aliados de peso
tal que garanta a maioria qualificada (dois terços dos 41) e a presidência da
Alepa - que naturalmente seria ocupada por ele - vai disputar uma vaga lá. E
como presidente, no caso da eleição de Helder, por exemplo, pode forçar um
governo de coalizão, escapando assim dos infortúnios de uma derrota eleitoral.
A
conferir.
Fonte: Franssinete Florenzano, em uruatapera.blogspot.com.br
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