BRINCADEIRAS DE PIPAS VOLTAM A CAUSAR TRANSTORNOS
De acordo com a Celpa, mais de mil casos de falta
de energia já foram registrados por causa dos papagaios
Por conta da aproximação do período de férias
escolares e da chegada do verão amazônico, a brincadeira de pipas tem
despontado como uma das principais diversões entre crianças, adolescentes e até
mesmo adultos. Porém, a atividade ocasiona inúmeros prejuízos a sociedade. De
acordo com dados da Celpa, somente no mês de janeiro, nos últimos dias de maio
e nestas primeiras semanas do mês de junho, já foram registradas mais de mil
ocorrências de falta de energia em todo o Estado, em função das pipas que ficam
enroscadas na fiação elétrica.
Quem apresenta os piores indicadores é a capital
paraense, que neste ano já contabilizou mais de 160 casos de falta de energia
por causa dos papagaios. Na semana passada, mais de 3700 clientes da empresa
que residem nos bairros do Telegrafo, Sacramenta e Barreiro, foram afetados por
uma interrupção no fornecimento. O motivo foi uma pipa que rompeu um cabo de
força ao ser puxada para desengatar da fiação.
Seguida de Belém, outra cidade que aparece com
números preocupantes em relação a ‘brincadeira’ é Santarém. No município do
Oeste paraense já foram apuradas mais de 100 situações de falta de luz em 2017.
Castanhal, Capanema e Bragança, no nordeste do Estado também apresentam dados
que merecem atenção, pois foram registrados cerca de 110 casos no mesmo
período. No sudeste do Pará, em cidades como Marabá, Parauapebas e Tucuruí,
esses números também ultrapassam 100 ocorrências.
O executivo da área de Operação da
Celpa, Josino da Costa Neto, alerta que a atividade deve, impreterivelmente,
ser praticada o mais longe possível da fiação elétrica. “No ano passado nós
tivemos mais de seis mil episódios de falta de energia por causa das rabiolas
no Estado. É um prejuízo para toda a sociedade. As pipas devem ser empinadas em
locais descampados, longe da rede elétrica. Barras de ferro, trilhos e outros
materiais que são condutores de eletricidade, jamais devem ser usados para
retirá-las dos fios. Nessas situações, há o risco de um curto-circuito ou
uma descarga elétrica fatal”, orienta Josino.
PERIGOS - O cerol (mistura de cola
com vidro moído, em alguns casos até com pó de ferro) é outro ponto que merece
atenção. O produto é ilegal, mas ainda assim é utilizado para dar maior força
de corte à linha. Ao entrar em contato com a fiação elétrica, também pode
provocar um curto
circuito, além de representar um
risco iminente a pessoa que o utiliza, pelo potencial de corte.
Recentemente, em Castanhal, um garoto
de 12 anos sobreviveu depois de receber uma descarga elétrica enquanto brincava
com uma pipa. Segundo testemunhas, o jovem usava um fio de cobre para empinar o
papagaio. O executivo da área de segurança da Celpa, Alex Fernandes, alerta que
esse procedimento é totalmente inadequado e pode levar a morte. “O caso desse
garoto é uma exceção, pois as descargas elétricas costumam ser fatais. Então, o
recado que a gente deixa é que a brincadeira de pipas mantenha total distancia
da fiação e jamais devem ser utilizados fios metálicos, pois o risco é muito
grande”, finaliza Alex.
Fonte: Celpa - Relacionamento com a Imprensa e Mídias Sociais
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