MPF PEDE NA JUSTIÇA PARA MELO PAGAR OS R$ 18,5 MILHÕES DE CUSTO DA NOVA ELEIÇÃO NO AMAZONAS
O
ex-governador José Melo (Pros) poderá custear todas as despesas referentes a
realização das eleições suplementares para o mandato tampão no Governo do
Estado, no próximo dia 6 de agosto. Nesse sentido, o procurador da República no
Amazonas Leonardo de Faria Galiano enviou memorando à Coordenadoria Cível da
Procuradoria da República no Estado solicitando providências na Justiça Federal
para que o governador cassado do Amazonas, José Melo (PROS), devolva ao erário
o dinheiro gasto com a nova eleição para governador do Estado. Melo foi cassado
por compra de votos na eleição de 2014. Galiano também propõe ação judicial por
dano moral coletivo com base no artigo 224, parágrafo 4º, do Código Eleitoral.
A
eleição suplementar, que será realizada no dia 6 de agosto deste ano (primeiro
turno), custará R$ 18,5 milhões ao contribuinte, valor referente a dois turnos
apresentado pelo TRE (Tribunal Regional Eleitoral) e aprovado pelo TSE
(Tribunal Superior Eleitoral). Leonardo Galiano considerou que o novo pleito configura
danos ao erário público.
A
cobrança dos custos do novo pleito do candidato cassado está fundamentada nos
artigos 186 e 927 do Código Civil Brasileiro, que tratam da responsabilidade
civil por atos ilícitos. O Artigo 186 estabelece que “aquele que, por ação ou
omissão voluntária, negligência ou imprudência, violar direito e causar dano a
outrem, ainda que exclusivamente moral, comete ato ilícito”, enquanto que o
art. 927 prevê que todo aquele que comete ato ilícito fica obrigado a reparar o
dano causado.
“Não
é justo que a União dispenda do suado dinheiro do contribuinte para a
realização de nova eleição, gerada por ato ilícito de candidato”, diz o
promotor de justiça Flávio Mota Morais Silveira, que defende que o candidato
cassado pague pelo prejuízo causado pelo ato ilícito.
Fonte/Foto: Repórter Parintins/Divulgação

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