DERRUBADA DE VETO DO ISS GARANTE R$ 6 BI AOS COFRES MUNICIPAIS APÓS MOBILIZAÇÃO DOS PREFEITOS JUNTO AOS PARLAMENTARES
Derrubada de veto do ISS garante R$ 6
bi aos cofres municipais após mobilização dos prefeitos junto aos
parlamentares
Na noite desta terça-feira(30), em sessão
conjunta do Congresso Nacional (Câmara e Senado), os parlamentares derrubaram
os trechos vetados pelo governo federal da Lei da Reforma do ISS (Lei
Complementar 157/2016), que estabelece uma nova redistribuição do valor
arrecadado com o tributo entre os municípios. O resultado da votação
representa uma vitória da luta municipalista que fez articulação com as
bancadas federais.
O movimento municipalista foi liderado pela
Confederação Nacional de Municípios (CNM), e no Pará, conduzido pela
Federação das Associações dos Municípios do Estado do Pará(Famep),
Associações e Consórcios Regionais, que articularam junto aos parlamentares
paraenses e conseguiram com que todos votassem acompanhando a demanda
municipalista.
“Os prefeitos derrubaram o veto presidencial,
vencendo uma luta contra a maior força influente no ordenamento nacional, que
é o sistema financeiro (bancos, seguradoras, cartões de crédito, planos de
saúde, etc.). Este é um dia histórico na luta municipalista, não apenas pela
injeção financeira nas receitas municipais proporcionadas pela derrubada do
veto, mas principalmente, pela demonstração de que, unidos, os prefeitos são
a maior força política do Brasil”, avaliou o presidente da Famep, Xarão Leão.
Entenda melhor – Caso o veto fosse mantido, e a lei aprovada, o
imposto sobre serviço continuaria sendo recolhido no lugar onde está a sede
da empresa. Ou seja, no caso de cartões de crédito, leasing, e planos de
saúde, o valor é direcionado ao município onde a empresa está instalada.
Por exemplo, se um cartão de crédito é usado em
Marabá, porém a sede da empresa do cartão é em Belém, esse imposto vai para a
capital paraense. E assim funciona em todo o Brasil. Atualmente, as grandes
cidades arrecadam praticamente a totalidade do imposto, pois alocam o maior
número de empresas prestadoras deste tipo de serviço.
Em contrapartida, os municípios pequenos ficam
desprovidos das receitas, embora também forneçam o serviço em suas
localidades. Se o veto não fosse derrubado, essa forma injusta de
distribuição do imposto seria mantida.
Contudo, a mudança permitirá uma redistribuição
anual de cerca de R$ 6 bilhões aos municípios brasileiros. No caso dos
serviços de administração de cartões de crédito e débito, aproximadamente R$
2,87 bilhões serão repassados aos municípios, onde estão localizados os
restaurantes, farmácias, postos de gasolina, etc.
No caso do leasing serão cerca de R$ 2,6 bilhões
distribuídos. Antes, esse recurso ficava nas mãos de apenas 35 municípios do
país. E, no caso dos planos de saúde, mais de 2 mil municípios com
estabelecimentos de saúde que atendem por planos e convênios, conforme dados
da Agência Nacional de Saúde (ANS), passarão a receber o ISS dessa operação.
Da forma que estava, apenas 370 municípios recebiam tal receita.
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Fonte/Foto: Imprensa Famep
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