ACUSADO DE COMPRA DE VOTOS: COM CINCO VOTOS, JOSÉ MELO É CASSADO E PERDE O MANDATO DE GOVERNADOR DO AMAZONAS
Julgamento do recurso no Tribunal Superior Eleitoral terminou com
cinco votos pela cassação e dois pela absolvição. Novas eleições devem ser
realizadas
O
governador do Amazonas, José Melo, e o vice, Henrique Oliveira, foram cassados
na manhã desta quinta-feira (4) pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) durante
julgamento de recurso de cassação. Foram 5 votos pela condenação e 2 pela
absolvição. A Corte Eleitoral também determinou a realização de novas eleições
para governador no Amazonas.
Votaram
pela cassação os ministros Luís Roberto Barroso, Edson Fachin, Antônio Herman
de Vasconcelos e Benjamin, Admar Gonzaga e a presidente da sessão, ministra
Rosa Webber. Contra a cassação se posicionaram os ministros Napoleão Nunes Maia
Filho, relator do processo, e a ministra Luciana Lóssio.
Pela
decisão do TSE, novas eleições devem ser realizadas de maneira direta para o
Governo do Amazonas dentro de um prazo de até 40 dias. Ate lá, permanece no
cargo o presidente da Assembleia Legislativa do Estado (ALE), David Almeida.
Os votos
O
julgamento já iniciou com o voto do relator, Napoleão Nunes Maia Filho, pelo
provimento do recurso de Melo - ou seja, pela absolvição pela alegada compra de
votos. Em seguida, a ministra Luciana Lóssio acompanhou o voto do relator,
destacando que, para ela, uma condenação por compra de votos nesse caso se
daria por mera presunção, pois faltavam provas contundentes.
A
partir daí, o cenário mudou. Luís Roberto Barroso e Edson Fachin, ambos
ministro do Supremo Tribunal Federal, votaram pela cassação do governador,
entendo que restou configurada a compra de votos. Em seguida, Antônio Herman de
Vasconcelos e Benjamin foi mais um membro da corte a votar pela cassação de
Melo. Para ele, a presença do irmão do governador, Evandro Melo, no local onde
houve a suposta compra de votos, configura a participação do governador na
conduta vedada. "Difícil imaginar
que um irmão que coordena a campanha pudesse fazer algo com esta dimensão sem o
conhecimento daquele que seria beneficiado", afirmou ele.
Na
sequência, Admar Gonzaga foi mais um a votar pela cassação. Ele chegou a
afirmar que iria pedir vistas do processo, mas disse que se sentiu esclarecido
pelos votos anteriores. "Entendo que por muito menos cassaram prefeitos e
vereadores, e um governador não pode, com um conjunto probatório dessa
magnitude, não ser cassado", defendeu.
Apenas
para efeito protocolar, a ministra Rosa Webber, que presidia a sessão, votou
por último, acompanhando as divergências quanto ao voto do relator, confirmando
o placar de 5 a 2 para a cassação de José Melo.
Fonte/Foto: acrítica.com

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