ENERGIA: ESTADO DO PARÁ RECEBE INVESTIMENTOS DE R$ 1,2 BILHÃO
Os linhões beneficiarão todo o Estado, a partir do compromisso dos ministros Helder Barbalho e Fernando Coelho |
O
Governo Federal promoveu leilão de transmissão de energia elétrica e 5 lotes
foram destinados ao Pará. Recursos serão usados para expandir sistema, melhorar
fornecimento e impedir apagões
O Estado do Pará vai receber investimentos de mais de R$ 1,2
bilhão em linhas de transmissão de energia. O leilão de transmissão nº 5/2016,
promovido pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), foi realizado
ontem, em São Paulo. Foram oferecidos 35 lotes. Os 5 lotes ofertados com
empreendimentos no Pará foram todos arrematados e resultarão em mais
desenvolvimento econômico para o Estado e novas oportunidades para a população
paraense.
O ministro de Minas e Energia, Fernando Coelho Filho, destacou o
sucesso do leilão das linhas de transmissão, que representam investimentos
superiores a R$ 12 bilhões em 20 Estados brasileiros. Para o ministro da
Integração Nacional, Helder Barbalho, os investimentos em energia resolverão
problemas de apagões e permitirão a implantação de plantas industriais no Estado.
“Eu gostaria de festejar com a população do Pará, de uma maneira muito especial
a região oeste do Estado, da Transamazônica, da região do Xingu, como também da
região do Baixo Amazonas e da Calha Norte, a respeito dos leilões”, comemorou.
“São investimentos na área da energia que, nos próximos 60 meses,
vão garantir que o Pará tenha oferta de energia resolvendo problemas de
apagões, sendo utilizada para o consumo doméstico e também para reforçar toda a
cadeia produtiva da região”. O primeiro dos lotes arrematados no leilão com
empreendimentos no Pará foi o de número 26. Venceu o certame a Energisa S.A.,
que ofereceu R$ 46,3 milhões. Esse lote possui 592Km de linhas de transmissão e
300 MVA de potência de uma subestação. As obras visam reforço para o suprimento
à região de Santana do Araguaia. A Energisa terá de fazer investimentos de R$
329,7 milhões.
REGIÕES
O segundo lote foi o de número 31, arrematado pela Equatorial
Energia S.A. A empresa deu um lance de R$ 126,8 milhões. São 436Km de linhas de
transmissão e uma subestação de 300 MVA de potência localizadas no Pará. Esse
lote visa atendimento à região oeste do Estado e aumento da confiabilidade do
sistema (ver box). A Equatorial precisará fazer investimentos de R$ 671,2
milhões nessas linhas.
Outro lote ofertado foi o 33, vencido pelo Consórcio Pará. O grupo
arrematou o lote oferecendo R$ 20,5 milhões. O lote 33 possui uma linha de
transmissão com 126Km e uma subestação de 200 MVA de potência localizadas no
Pará. Os empreendimentos visam atendimento às cargas das regiões metropolitana
de Belém e nordeste do Pará. Essas linhas de transmissão necessitarão de
investimentos de R$ 120,5 milhões.
O Consórcio Omnium Energy arrematou o lote 34. A oferta pelo lote
foi de R$ 5,7 milhões. A subestação possui 300 MVA de potência e servirá para
atendimento às cargas das regiões metropolitana de Belém e nordeste do Pará e
demandará investimentos de R$ 45,6 milhões. O último lote oferecido foi o 35.
Este lote foi arrematado pelo Consórcio BRDigital, BREnergia e Lig Global. O
grupo ofereceu R$ 18,7 milhões. Esse lote possui uma linha de transmissão com
12Km de extensão e servirá para suprir a região metropolitana de Belém.
COMPROMISSO ASSUMIDO NO ESTADO
Em entrevista concedida ao DIÁRIO, ao lado de Helder Barbalho, o
ministro Fernando Coelho Filho relembra o compromisso assumido diante da
Associação Comercial do Pará. “Eu estive recentemente acompanhando o ministro
Helder na cidade de Altamira e na cidade de Santarém, fui questionado pela
Associação Comercial, pelos investidores e comerciantes, falando da dificuldade
na qualidade no fornecimento de energia”, lembra. “Nós nos comprometemos, a
pedido de Helder, a incluir novamente esse lote, que teve problema no passado,
dentro da nova modalidade do leilão, que tem sido sucesso. São R$ 671 milhões
de investimentos para a Região Oeste”, comemorou Fernando Filho. “O prazo para
a execução é de 60 meses e a nossa expectativa é que essa obra, além de gerar
emprego e renda na região, leve uma energia de melhor qualidade para, que a
gente possa desenvolver toda essa região”.
O lote ao qual o ministro se refere foi arrematado pela Equatorial
Energia, que terá de investir em mais de 400 quilômetros de linhas de
transmissão, ligando os trechos Xingu - Altamira; Altamira - Transamazônica;
Transamazônica - Tapajós e Rurópolis.
Fonte/Foto:
Diário do Pará/Marcelo Casal Jr.
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