TJ-PA JULGA HOJE AÇÃO BILIONÁRIA DO FUNCIONALISMO
A
expectativa do funcionalismo público estadual é grande. Hoje deverá entrar na
pauta do Tribunal de Justiça do Estado do Pará o julgamento da ação rescisória
que trata do retroativo a 1º de outubro de 1995, relativo ao reajuste salarial
de 22,45% concedido exclusivamente aos servidores militares pelo então
governador do Pará, Almir Gabriel. O processo nº 0008829-05.1999.814.0301 foi
ajuizado em 1999 e são mais de 30 mil servidores beneficiados. A decisão de
primeiro grau, proferida em 29 de abril de 2015, ainda determinou o acréscimo
de abono de R$ 100, retroativo a julho de 1997, com exceção de aposentados ou
pensionistas vinculados ao Hemopa.
Decisão
da 2ª Vara da Fazenda Pública da capital (proc. 0036535-14.2012.814.0301)
determinou a incorporação do percentual de 22,45% aos proventos de
aposentadoria ou pensões dos servidores que atuavam em Belém, retroativo a
01/10/1995, nos termos da sentença proferida no processo n.º
0008829-05.1999.814.0301, e chegou a dar prazo de 60 dias para a incorporação,
sob pena de multa diária de R$200 por aposentado ou pensionista, até o limite
individual de R$100 mil, a ser revertido em favor do beneficiário do aumento.
Ao
suspender a execução do título judicial (processo n.º
0043800-92.2015.814.0000), o desembargador Constantino Guerreiro, na época
presidente do TJE-PA, justificou ser o caso excepcionalíssimo e que a
implementação imediata do pagamento, viável mediante a inscrição de precatórios
requisitórios, configuraria a quebra da ordem econômica.
O
desembargador entendeu que o impacto financeiro do pagamento redundaria no
valor global aproximado de R$1.268.815.708,24 (um bilhão, duzentos e sessenta e
oito milhões, oitocentos e quinze mil, setecentos e oito reais e vinte e quatro
centavos) e no impacto financeiro mensal de R$10.016.362,75 (dez milhões,
dezesseis mil, trezentos e sessenta e dois reais e setenta e cinco centavos),
valores em abril de 2015.
Ou
seja: houve um momento em que os funcionários estiveram perto, muito perto, de
receber. Até porque a decisão favorável
já transitou em julgado. Mas, com a suspensão, o governo ajuizou ação
rescisória e agora tudo será novamente reexaminado.
O
problema é que pelo menos 12.600 servidores que aceitaram acordo com o
Executivo já receberam parte desse dinheiro há alguns anos. E os demais, como
ficam?
Fonte: Franssinete Florenzano
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