PARÁ: GOVERNO SERÁ JULGADO HOJE POR DÍVIDA DE R$ 3 BI
O
Pleno do Tribunal de Justiça do Pará (TJE) decide hoje (quarta feira, 15) sobre o pedido do
Governo do Estado para anular um acordo feito em 2012 com 45 mil servidores
lotados em Belém. Entre 2012 e 2015, eles tiveram uma diferença de 12,45%
incorporada ao salário, referente a um aumento diferenciado concedido pelo
então governador Almir Gabriel, em 1995, a funcionários militares e civis.
Se
a decisão for favorável à administração de Simão Jatene, o governador transfere
para o seu sucesso uma dívida trabalhista de R$ 3 bilhões, montante do
retroativo desta diferença salarial, que nunca foi paga.
FALTA
DE QUÓRUM
Na
última sessão do Pleno, no dia 8 deste mês, o relator da ação rescisória,
desembargador Luiz Gonzaga da Costa Neto, que já votou contra o funcionalismo,
solicitou que a sessão fosse adiada à espera “de um quórum mais qualificado”,
embora 16 dos 30 desembargadores estivessem presentes. A decisão foi acatada e
transferida para hoje.
Até
agora seis desembargadores já votaram: quatro contra os trabalhadores, dois a
favor e um deles pediu vista do processo.
Ontem
de manhã, a direção do Sindicato dos Servidores Públicos Estaduais no Município
de Belém (Sispemb) esteve na Assembleia Legislativa (Alepa) para conversar com
membros da Comissão de Orçamento e Fiscalização Financeira da Alepa, a fim de
que o assunto entre logo na pauta da comissão, como prometeu o deputado Junior
Hage (PR) em entrevista ao jornal DIÁRIO, na edição do último domingo (12).
PRESSÃO
NA ALEPA
Já
o deputado Iran Lima (PMDB) usou a tribuna para exigir que o Estado acerte as
contas do retroativo com os servidores. “Se o Governo do Pará deve, tem de
pagar. Os trabalhadores não podem ser penalizados, até porque já há uma decisão
do Supremo sobre o assunto”, defende.
Para
o peemedebista, a ação rescisória junto ao Tribunal de Justiça do Estado é
meramente proteladora e coloca em xeque a confiança no governador Simão Jatene.
“A ação é o retrato fiel de um Governo que não cumpre com sua palavra”,
ressalta Hage.
Fonte/Foto: Mauro Neto - Diário do Pará/Ricardo
Amanajás
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