INDÚSTRIA IMPULSIONA PARTICIPAÇÃO DAS MULHERES NO MERCADO
No Pará, em empresas do setor mineral, por exemplo,
elas representam 18% do quadro de funcionários e ocupam 30% dos cargos de
liderança.
De acordo com um relatório divulgado pelo Fórum
Econômico Mundial, somente em 2095 será possível atingir globalmente um nível
de paridade justo em termos econômicos e de oportunidades entre homens e
mulheres, mantendo o ritmo atual. No Brasil, a questão é ainda mais complexa: o
país ocupa apenas a 124º posição no ranking da organização em igualdade de
salários, realizado entre 142 países.
Nesse processo, é importante que as empresas
deem o primeiro passo, identificando a diversidade e a igualdade de salários
como um de seus valores. Na Imerys, mineradora que atua com caulim nos
municípios de Barcarena e Ipixuna do Pará, há zelo pela diversidade em todas as
áreas da empresa, desde a operação até a administração. No setor de Controle de
Qualidade, por exemplo, a coordenadora Marlene Damázio vê a presença igual de
homens e mulheres como algo bastante estratégico: “É importante que a empresa
incentive a diversidade. Dentro da mineração há uma predominância masculina e
ver cada dia mais mulheres traz equilíbrio para o ambiente”.
Empresas com mulheres em cargos de liderança, como
a Marlene, possuem ainda mais vantagens: alcançam resultados financeiros até
50% superiores. É o que diz a pesquisa realizada pela Great Place To Work
(GPTW) consultoria em gestão empresarial. Para Marlene, esse incentivo não deve
cessar: “Somos responsáveis pela nossa carreira, mas nunca deixei de incentivar
minha equipe a almejar cargos de liderança, principalmente quando a empresa
apoia a diversidade”.
Oportunidade de crescimento
Na Alubar Metais e Cabos, fabricante de vergalhões
e cabos elétricos de alumínio e cobre, também sediada em Barcarena as mulheres
representam 18% do quadro de colaboradores da empresa. Elas ocupam cargos
administrativos ou operacionais, mostrando grandes habilidades nas atividades
que desempenham.
A assistente de Produção, Andréia Cunha, é um bom
exemplo disso. Há quatro anos na fábrica, ela trabalha de turno e encara a
missão de monitorar as atividades na área de embalagem. “É um trabalho que
exige extrema atenção, pois tenho que verificar se todas as máquinas estão em
conformidade, checar qual a quantidade necessária de carretéis para os cabos
elétricos, acompanhar a pesagem final do produto e confirmar se está etiquetado
corretamente. É desafiador e ao mesmo tempo gratificante, pois confiaram uma
missão bem importante a mim e busco cumpri-la com muita dedicação”, diz.
A colaboradora afirma que sempre teve o respeito
dos colegas homens e se sente muito valorizada profissionalmente. “A Alubar nos
oferece um clima muito bom de trabalho e sempre dá oportunidades de crescimento
e capacitação. Comecei como operadora e depois fui promovida à assistente. A
empresa também me apoia com o curso superior de Gestão de Produção Industrial
pela Uninter, arcando com 100% do investimento. Fico muito feliz por todas
essas oportunidades e acredito num futuro ainda mais promissor na fábrica”,
declara.
Sem medo dos desafios
Em Juruti, no oeste do Pará, as mulheres também
conquistaram importantes espaços. Na Alcoa, empresa que opera mina de bauxita
no município, elas representam 18,8% de mulheres no efetivo total da Unidade.
Além disso, há uma importante participação em cargos de nível técnico, de
engenharia e liderança, tendo 30% de força feminina nessas posições de
influência.
Franciole Medeiros, gerente de ABS e Contratos da
Alcoa Juruti, trabalha há 11 anos na companhia. Ela revela que a empresa sempre
lhe deu oportunidade para ter voz e tratar de igual seus pares e lideranças.
“Tenho orgulho de trabalhar em uma empresa que não faz distinção entre sexos.
Isso me deixou à vontade para superar medos e acreditar no meu potencial. Em
2007, enfrentei o maior desafio da minha carreira. Naquela época, fui
transferida de São Luís, no Maranhão, para Juruti, uma localidade nova onde
teríamos que implantar todos os processos do zero com pessoas novas de várias
culturas e principalmente longe da família. Foi um desafio maravilhoso ver uma
empresa nascer e fazer parte disso”, conta.
Para as mulheres que ainda têm receio de assumir
posições estratégias dentro de empresas, ela dá um importante incentivo. “É
necessário se preparar, estudar, desenvolver suas habilidades, principalmente
de relacionamento e negociação. Estar atenta às oportunidades e mostrar
interesse em assumir novos desafios”, recomenda.
Fonte/Foto: Fabiana Gomes
Analista de Comunicação | Communication Analyst I Temple Comunicação
Analista de Comunicação | Communication Analyst I Temple Comunicação
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