COMO VIVEM OS QUILOMBOLAS EM ORIXIMINÁ, OESTE DO PARÁ




Os quilombolas em Oriximiná estão ligados por uma extensa rede de parentesco que perpassa as comunidades ao longo dos Rios Trombetas, Erepecuru, Acapu e Cuminã. A mudança de uma comunidade para outra é fato corriqueiro. É difícil encontrar um adulto que resida na mesma comunidade em que nasceu. As mudanças dão-se pelo casamento, ou por separações ou, ainda, por desentendimentos com vizinhos. Também o número de comunidades varia com o tempo, com a criação de novos núcleos de moradia.
A população de cada comunidade varia bastante em tamanho. Algumas têm apenas uma dezena de famílias. Outras, uma centena. As comunidades são formadas pelas residências e pelo centro comunitário. No centro comunitário estão a escola municipal, a capela e o barracão comunitário, onde ocorrem as reuniões e as festas.
Não existe rede de abastecimento de água ou esgoto. A água para beber, cozinhar e lavar é tirada dos rios, igarapés e lagos que circundam as comunidades. Poucas comunidades dispõem de poço artesiano. Atualmente, a maior parte das comunidades conta com um motor movido a diesel para a geração de energia. No entanto, na maior parte das situações a rede elétrica não alcança todas as residências. Os comunitários encontram dificuldades para comprar o diesel para o motor-gerador.
Para a assistência à saúde, os quilombolas têm de recorrer aos médicos na sede do município  – o que exige o deslocamento por grandes distâncias pelos rios, em viagens que podem demorar até 12 horas.

Fonte/Foto: quilombo.org.br/Carlos Penteado

Nenhum comentário:

Tecnologia do Blogger.