MULHERES DE PMS VÃO HOJE PARA O 4° DIA DE PROTESTOS EM BELÉM-PA
Pelo
segundo dia consecutivo, familiares e esposas de Policiais Militares passaram a
noite em frente ao Comando Geral da PM, na travessa Brigadeiro Protásio, local
que já vem sendo ponto de concentração do movimento desde a última sexta-feira
(10). Na manhã de domingo, o grupo de mulheres se dividiu e elas marcaram
presença ainda em outros dois endereços.
Além
da sede do Comando Geral, as integrantes do movimento também se reuniram em
frente ao quartel do Regimento de Polícia Montada (RPmon), localizado na rua
Mangueirão, no bairro do Bengui. Ainda no início da manhã um grupo de mulheres
se mantinha com faixas e cartazes, em frente à rua que dá acesso ao local.
Outro ponto de concentração foi o Batalhão de Polícia Ambiental (BPA), na
avenida João Paulo II. O clima nos locais era de certa tranquilidade.
Diferente
do que vinha ocorrendo desde a sexta-feira - quando o movimento foi iniciado
com um protesto que chegou a interditar a avenida Almirante Barroso -, as
esposas de PMs decidiram que não farão mais declarações à imprensa. Toda
comunicação sobre os rumos do movimento, agora, deverá ser mantida pelo
advogado do movimento. O DIÁRIO tentou contato com o número informado como
sendo o do advogado, porém, não conseguiu. De qualquer modo, o que ficou
evidente nos locais de concentração é de que a mobilização dos familiares de
policiais está mantida por tempo indeterminado.
A
PARTIR DE HOJE, NINGUÉM ENTRA OU SAI
A
estratégia utilizada pelas mulheres dos policiais, acampadas em frente ao
Comando Geral da Polícia Militar (PM) desde a última sexta-feira, 10, é não
permitir que nenhum veículo oficial - viatura ou motocicleta - saia da
guarnição. Outra decisão tomada foi a de impedir a saída dePMs fardados dosseus
locais de trabalho.
O
objetivo é dificultar o policiamento nas ruas, ainda que, oficialmente, o
governo garanta que o trabalho até o momento continua normal. Desde o início do
movimento, o dia mais tenso foi registrado ontem por ocasião da partida de
futebol entre Remo e Paysandu. Com uma equipe acampada em frente ao portão de
entrada do Batalhão de Polícia Ambiental (BPA), no Utinga, as mulheres
impediram que um grupo de policiais escalados para fazer a segurança do jogo,
saísse para o trabalho.
As
manifestantes balançaram o veículo e os PMs tiveram de descer do carro e
retornar ao Batalhão. Momentos antes de a partida iniciar, pelo menos 5
viaturas estavam paradas na avenida João Paulo II. No Comando Geral, alguns
policiais tentaram pular o muro fardados na tentativa de furar o bloqueio do
portão, mas desistiram.
As
mulheres estão proibidas de dar declarações, mas duas delas informaram ao
DIÁRIO que estão sendo ameaçadas pelas redes sociais por pessoas que, segundo
elas, seriam mandatárias do governo. “Eles estão mandando recado no facebook e
whatsapp, dizendo pra gente que se nossos maridos forem identificados vão
sofrer punições”, disse uma líder no movimento.
Fonte/Foto: Diário do Pará/Wagner Santana


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