SESSENTA PRESOS SÃO ASSASSINADOS EM PRESÍDIO DE MANAUS-AM
| Caminhão do Instituto Médico Legal, em Manaus, para onde familiares de detentos foram |
Mortes aconteceram durante uma rebelião que começou domingo (1º)
Rebelião só foi controlada na manhã dessa segunda-feira (2)
Atualizado em 02/01/2017 14h55
Sessenta
presos foram assassinados em um confronto entre duas facções criminosas,
durante uma rebelião que começou no domingo (1º) e só foi controlada nessa
segunda-feira (2), no maior presídio de Manaus. O número oficial de mortos foi
divulgado pela Secretaria de Segurança Pública do Estado.
O
áudio de um policial militar, que estava no Complexo Penitenciário Anísio
Jobim, em Manaus, no momento da rebelião fala em reféns e presos com armas:
"Gente refém, gente refém. Aqui, ó... Todo mundo armado trocando tiro com
a ROCAM. Tem três viaturas aqui, uma da força tática e duas da Rocam. Copiou?
Vão pra lá. Vão pra lá. Uruguai, Uruguai”. Uruguai, no jargão policial, significa
"urgente".
A
rebelião começou às 15h30 de domingo, no horário de Brasília. A Secretaria de
Segurança Pública do Amazonas disse que o motivo foi uma guerra entre duas
facções criminosas dentro presídio.
Durante
a rebelião, que durou 16 horas, 60 presos foram assassinados. Muitos foram
decapitados e esquartejados. Doze agentes penitenciários foram feitos reféns.
Seis foram liberados domingo à noite e durante a madrugada. Os outros foram
soltos somente na manhã dessa segunda.
“É
possível que esses presos tenham usado armamento. Muitas pessoas reportam tiros
no começo da rebelião. Saberemos sobre armamentos, mortos, quem são os mortos,
quando a crise acabar e a gente puder fazer a contagem, recolher os presos na
tranca. Enfim, tomar as medidas administrativas de polícia judiciária e de
retorno na normalidade”, afirma o secretário de Segurança Pública do Amazonas,
Sérgio Fontes.
Somente
quando o dia amanheceu é que o Instituto Médico Legal começou a retirada dos
corpos. Pelo menos 25 já chegaram ao IML. Antes dessa rebelião, em outro
presídio de Manaus, houve uma fuga em massa. Segundo a Polícia Militar, 116
presos conseguiram fugir. A polícia investiga se há relação entre a fuga e a
rebelião.
Fonte/Foto: Ruthiene Bindá - g1.globo.com/Winnetou Almeida
– A Critica

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