PROJETO ELEVA ICMS DO PARÁ A 18%
- por Franssinete Florenzano
O
governador Simão Jatene enviou 17 projetos de lei à Assembleia Legislativa
nesta semana. Um deles estabelece que a alíquota do ICMS no Pará passe de 17%
para 18%, a partir de 2017. Na Mensagem, explica que o aumento foi sugerido
pelo Conselho Nacional de Política Fazendária (Confaz) há um ano, buscando
padronizar as alíquotas em todo o território nacional, e que a medida é
necessária diante da grave crise financeira que atinge o país, com rebatimento
nos Estados.
A
receita total do Pará somou, de janeiro a outubro, R$13,7 bilhões, valor 4,6%
menor que o registrado no mesmo período do ano passado, descontada a inflação.
A maior contribuição para esse resultado negativo foi observada nas receitas
transferidas, que caíram mais de 8% no período, totalizando R$4,2 bilhões. No
caso do Fundo de Participação dos Estados (FPE), a redução chegou a quase 7%. O
IPI alcançou R$ 184 milhões, numa variação negativa de 31,6% em termos reais,
em relação ao mesmo período de 2015.
Já
com a receita própria foram arrecadados de janeiro a outubro R$9,5 bilhões.
Descontada a inflação, a queda da arrecadação em comparação ao mesmo período de
2015 chega a 2,9%. Com a nova alíquota, a estimativa da Secretaria da Fazenda
(Sefa) é de que o aumento represente crescimento de R$180 milhões/ano na
arrecadação própria do Estado.
A
alteração incide sobre a maioria das mercadorias. Alguns produtos, como
comunicações, gasolina e energia elétrica, têm tarifas diferenciadas. Quatorze
estados e o Distrito Federal já praticam a alíquota padrão de 18%, enquanto 11
estados mantém o patamar de 17%. Rondônia usa como alíquota geral 17,5%.
O
Índice de Atividade Econômica do Pará (IBC-R PA) registra uma retração de -2,2%
em 12 meses. O volume de vendas do comércio varejista parauara caiu em 11,7% em
12 meses e o desempenho do Pará ficou abaixo do índice geral da Federação, que
teve queda de 6,6% e apresenta sinais de estabilização. Contudo, a produção
industrial do Pará continua em expansão (7,6%), ao contrário da produção
nacional (-8,8%).
O
resultado positivo do Pará, no entanto, deve-se unicamente ao desempenho do
setor extrativo/mineração (11,4%), já que a indústria de transformação registra
queda de -7,3% em 12 meses. Além disso, o Estado tem quase 30% do seu PIB
desonerado, ou seja, sem poder recolher impostos pelos produtos exportados. E
apesar da balança comercial positiva, ainda não conseguiu garantir, junto à
União, as compensações pela perda de arrecadação.
Fonte: postado primeiro em uruatapera.blogspot.com.br
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