Y. YAMADA: O QUE ACONTECE?
- por Lúcio Flávio Pinto (*)
A
Y. Yamada não está à venda, anunciou ontem o principal executivo do grupo,
Fernando Yamada, em entrevista a Mauro Bonna no Diário do Pará de ontem. Sem
entrar em detalhes e de forma muito difusa, Fernando admite as dificuldades,
mas omite que é a pior crise que a corporação já enfrentou na sua história de
66 anos e que leva a um risco sério de colapso por divergências internas e pelo
elevado grau de endividamento e inadimplência dos clientes do cartão de crédito
da casa, estendido a nível perigoso.
Ele
confirma que a Y. Yamada está alugando três pontos de venda em Belém ao grupo
Mateus, do Maranhão, mas que as atividades continuam normalmente na rede, com
adaptações e reformulações de algumas lojas. Informa que a empresa está
comprando pontops próprios para neles instalar as lojas expressas, seu novo
negócio.
No
entanto, a loja em Marabá foi fechada, assim como a de Santarém (que estaria
sendo redefinida para voltar a funcionar). Todas as lojas têm claros sinais de
desabastecimento. Em algumas o movimento caiu bastante (mais de 50% na loja da
Senador Lemos, por exemplo). E os fregueses estão fugindo porque só podem
comprar a prestação em outros cartões, mas não no Yamada, que Fernando diz que
está melhorando a sua performance.
O
executivo procura demonstrar que o que está sendo dito que é não é realmente o
que é. Mas só o tempo – não muito tempo – dirá o que de fato está acontecendo
com uma das maiores empresas do Pará: uma grave dificuldade ou uma crise
agônica.
- (*) Lúcio Flávio Pinto
é jornalista profissional desde 1966. Percorreu as redações de algumas das
principais publicações da imprensa brasileira. Durante 18 anos foi repórter em
O Estado de S. Paulo. Em 1988 deixou a grande imprensa. Dedicou-se ao Jornal
Pessoal, newsletter quinzenal que escreve sozinho desde 1987, baseada em Belém.
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