MILHARES DE PESSOAS PARTICIPARAM ONTEM DO GRITO DOS EXCLUÍDOS NO CENTRO DE MANAUS
O “grito” é a voz do povo esquecido pelo poder público, segundo organizadores |
Coordenado pelas Caritas da Arquidiocese, o tema deste ano foi
“Vida em primeiro lugar”. Movimentos sociais, de mulheres, de igrejas católicas
e indígenas participaram da caminhada
Milhares
de pessoas ligadas a movimentos sociais, indígenas, de mulheres e de igrejas
católicas participaram da 22ª edição do Grito dos Excluídos, na tarde desta
quarta-feira (7), em Manaus. Desta vez a concentração ocorreu em frente às
ruínas do prédio que um dia foi a Santa Casa de Misericórdia, localizado na 10
de julho, no Centro.
Coordenado
pelas Caritas da Arquidiocese de Manaus, o tema do evento neste ano foi “Vida
em primeiro lugar”. De acordo com o coordenador das Caritas Manaus, o padre
Orlando Gonçalves Barbosa, além do tema geral, outros como a situação da saúde
pública, juventude, saneamento básico e falta de infraestrutura fizeram parte
desta edição na capital. Segundo ele, o grito é no geral a voz do povo
esquecido pelo poder público.
“O
atual sistema econômico degrada e mata. Além de tudo excluiu a população
carente, então com este grito queremos denunciar esse sistema e poder trazer a
voz de tantos irmãos e irmãs que estão na periferia de Manaus, povos indígenas,
povos que diariamente sofrem com a falta de uma estrutura decente de
fornecimento de água e saneamento básico”, detalhou padre Barbosa.
Para
o arcebispo de Manaus, dom Sérgio Castriani, e exclusão social é uma realidade
muito séria no Brasil. O arcebispo afirmou que o sistema exclui as pessoas e
neste dia da pátria a forma de colocar o assunto de frente com a sociedade é a
manifestação dos excluídos. “Não queremos julgar ninguém, mas queremos dar a
oportunidade para aqueles que não têm vez e nem voz possa se pronunciar diante
a realidade, pois são esse que sofrem mais com a crise e com qualquer decisão
tomada pelo poder público”, disse o arcebispo.
A
manifestação do Grito dos Excluídos percorreu principais ruas centrais da
capital e seguiu para a praça pública de São Raimundo, na Zona Oeste, onde se
encerrou com a celebração de um culto ecumênico.
Fonte/Foto: Isabelle Valois – A Critica/Antonio
Lima
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