VOCÊ CONHECE A HISTÓRIA DO FERIADO DE HOJE NO PARÁ?
Quando um grupo de marinheiros a serviço do imperador Dom Pedro I
se aproximou da Baía do Guajará, em agosto de 1823, os moradores de Belém
sentiram medo. Eles acreditavam que logo depois viria uma tropa para bombardear
a região.
Na verdade, o comandante inglês John Grefell foi enviado por Dom
Pedro para forçar a adesão da única província do território brasileiro que
ainda não havia reconhecido a independência do Brasil, em setembro de 1822, e
que permanecia sob domínio de Portugal.
Mesmo vendo que era apenas um grupo de aproximadamente 100 homens,
o governador Joaquim Moura ainda acreditava na possível destruição que estava a
caminho.
Diante da presença militar, da falsa ameaça e da forte tendência à
adesão, o conselho liderado por Moura aderiu ao império contra a vontade dele.
O relato do historiador Jonas Cunha, relembra o que aconteceu em 1823, época de
todo esse contexto pós-Independência.
IMPÉRIO
Uma história que, segundo ele acredita, apenas 1 entre 10
paraenses conhece, mesmo com a data sendo celebrada com um feriado, no dia 15
de agosto, que este ano será amanhã. “É uma data muito significativa, porque,
para nós, seria a independência do Pará em relação a Portugal e a inserção do
Estado no império brasileiro”, afirma o historiador.
Jonas Cunha explica que o Pará fazia parte da Amazônia Legal, que
envolve também Amazonas, Amapá, Rondônia, Roraima e Acre, e era a única
província que estava, havia quase 1 ano, separada do Brasil e continuava
vinculada a Portugal.
O historiador conta que, caso o Pará permanecesse separado, a
Amazônia seria uma colônia de Portugal e todo o território não pertenceria ao
Brasil.
“O que nós temos hoje é um País de dimensão continental, que não
passou por um processo de separatismo”, explica. Segundo ele, o que nos restou
foram alguns cenários da época, em Belém, como por exemplo o Palácio Lauro
Sodré, a Praça Dom Pedro e a própria Baía do Guajará. “Mais do que comemorar o
feriado, precisamos recontar a História, para perpetuar seu significado”, diz.
Fonte:
Michelle Daniel - Diário do Pará
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