SENADORES DO AM ESPERAM MAIOR RAPIDEZ NA DEFINIÇÃO DA CRISE POLÍTICA DO PAÍS




Eduardo Braga e Omar Aziz votaram a favor do impeachment de Dilma Rousseff e Vanessa Grazziotin votou contra. Com fase final do processo, parlamentares avaliam melhora no cenário político.
Os senadores que representam o Amazonas informaram, na quarta-feira (10), que esperam uma maior rapidez na definição da crise política do País, após a aprovação, no plenário do Senado, na madrugada de ontem, por 59 votos a 21, do relatório que pede o impeachment da presidente afastada Dilma Rousseff (PT) por crime de responsabilidade, fazendo com que ela vá a julgamento final.
Dos três representantes da bancada do Amazonas, Vanessa Grazziotin (PCdoB) votou contra o impeachment. Omar Aziz (PSD) e Eduardo Braga (PMDB) votaram a favor.
Braga afirmou que o País está virando uma página e abrindo o caminho para uma nova agenda de governo. “Temos que colocar o processo para andar com a intenção de retomar a confiança para o investidor, retomar o ajuste econômico e fiscal. Voltar a crescer e restabelecer os empregos”, disse.
Braga destacou que o País não pode ter três presidentes em apenas um ano, pois, de acordo com ele, a economia não iria suportar.
Omar disse que acredita que, com o andamento do processo, o governo para de ‘sangrar’ e o cenário volta a se restabelecer, pois o caminho é de definição. “Tem mais uns três dias para defesa e, daqui a dez dias, vamos votar definitivamente. Até lá, os votos favoráveis vão crescer e não diminuir”, observou.
Vanessa não considerou o resultado uma surpresa e lamentou a decisão. “O laudo da perícia do Senado é arrasador, no sentido de que não há qualquer ato administrativo praticado pela presidente no âmbito da operacionalização do Plano Safra, ou seja, não existia autoria no que eles denominaram de ‘pedaladas’. A conclusão jurídica do Ministério Público Federal (MPF) também é perfeita. Não há crime a ser investigado”, disse.
Acusação e defesa terão que apresentar, até hoje, o libelo acusatório e sua contrariedade, juntamente com até cinco testemunhas legais e mais uma extranumerária para cada uma das partes. A expectativa é que o julgamento final de Dilma ocorra no final do mês de agosto.
Com a decisão do Senado desta madrugada, Dilma vira ré no processo de impeachment. Na última etapa, após o depoimento das testemunhas, os senadores decidirão pela condenação ou a absolvição. Na fase final, é preciso o voto de 54 dos 81 senadores para confirmar o impedimento. As sessões de julgamento devem ser agendadas, a partir do dia 25 de agosto.

Fonte/Foto: Asafe Augusto - d24am/Marcelo Camargo


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