SANTARÉM-PA: MP PEDE FIM DE CONTRATO DA COSANPA POR FALHAS NA PRESTAÇÃO DO SERVIÇO
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Santarém ocupa a 96ª posiçãoo ranking de Saneamento Básico |
Inquérito constatou problemas no abastecimento de água e
esgotamento.
Segundo MP, convênio com a empresa tem vigência por 20 anos.
O
Ministério Público de Santarém ajuizou Ação Civil Pública em face do Estado do
Pará, município de Santarém e a Companhia de Saneamento do Pará (Cosanpa),
requerendo, em pedido liminar, que seja rescindido o contrato com Estado do
Pará e Cosanpa, sem indenização pela municipalidade. De acordo com o órgão,
após várias reuniões constatou-se a falta de ações concretas por parte da
Companhia que permitisse a melhoria da prestação do serviço de abastecimento de
água e de esgotamento sanitário.
Em
relação ao serviço de abastecimento de água, o MP pede que o município assuma
ou deflagre processo licitatório para contratar terceiros. Quanto ao serviço de
esgotamento sanitário, que requer que o Estado assuma a continuidade das obras
até a efetiva conclusão. A ação foi ajuizada perante a 6ª Vara Cível, por meio
das promotorias de justiça de Direitos Constitucionais e Defesa do Consumidor.
Segundo
o MP, o convênio para prestação dos serviços de abastecimento de água e
esgotamento sanitário, celebrado em 4 de
outubro de 2011, tem vigência de 20 anos. Pelo convênio, o município delega ao
Estado do Pará, via Cosanpa, a prestação dos dois serviços.
A
ação ressalta que as cláusulas não estão sendo cumpridas o que está gerando
consequências com prejuízo à coletividade. O ajuizamento da ação foi
fundamentado ainda com as recorrentes notícias de deficiência no fornecimento
de água, com destaque na imprensa local, inclusive com constantes rompimentos
da rede.
Rede de amianto
Conforme
a assessoria do MP foi pleiteado também ao Poder Judiciário a determinação para
que no prazo máximo de seis meses seja providenciada a substituição da rede de
cimento amianto. O MP cita a permanência de 8 km da rede com esse material,
construída no ano de 1986 e que grande parte das constantes interrupções
decorrem do rompimento dessa rede.
A
Cosanpa informou ao MP que faria substituição da rede de amianto no prazo de
dois anos. “Entretanto, em face do descumprimento contratual já apontado,
induz-se a falta de certeza de que efetivamente se materialize, até mesmo a
considerar que já esteve a sobredita Companhia à frente do serviço, por período
de 30 anos, e omitiu-se nesse serviço”, disse o MP.
O
inquérito civil apurou a ausência pela Cosanpa em dispor de reserva de
equipamento na cidade, apto a atender às demandas emergenciais, o que resulta
na espera de providências da sede Belém para realizar o serviço e restabelecer
o abastecimento de água; falta de formalização de agência reguladora no
serviço; a falta de definição pelo município de Santarém e Cosanpa quanto aos
gestores do contrato e falta de medidas concretas a fim de possibilitar a
efetiva prestação do serviço.
Hidrômetros
Em
reunião realizada em maio de 2016, o MP recomendou à Cosanpa para que
providenciasse medidas concretas relacionadas à instalação de hidrômetros, por
ocasião da expedição do “habite-se” pela Secretaria Municipal de
Infraestrutura.
E
que, da mesma forma, já possibilitasse ao escritório local reserva de material
a possibilitar o atendimento da prestação do serviço. Dois meses depois não houve qualquer ação
positiva por parte da Companhia. Também
não há comprovação da continuidade das obras necessárias para a prestação do
serviço de esgotamento sanitário.
O
G1 solicitou posicionamento da assessoria de imprensa da Cosanpa em Belém e
aguarda resposta.
Fonte/Foto: G1 Santarém/Arquivo TV Tapajós
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