OPERAÇÃO AMAZÔNIA LEGAL 2 DESARTICULA ESQUEMA DE FRAUDE AMBIENTAL
O esquema de desbloqueio de empresas madeireiras irregulares era
feito nos sistemas do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos
Naturais Renováveis (Ibama) e da Secretaria de Estado de Meio Ambiente e
Sustentabilidade (Semas). Pelas investigações, a estimativa é de que 1.293
caminhões tenham feito o transporte de madeira ilegal extraída de 3.642
árvores. Os presos irão permanecer presos à disposição da Justiça. A fraude
rendeu mais de R$ 12 milhões aos criminosos. O trabalho investigativo teve
início em 2015, quando foi realizada a primeira fase da operação, com
cumprimentos de mandados de busca e apreensão.
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O trabalho investigativo teve início em 2015, quando foi realizada
a primeira fase da operação, com cumprimentos de mandados de busca e apreensão.
A
Polícia Civil deflagrou, ontem, dia 3, a segunda etapa da operação Amazônia
Legal para desarticular um esquema de desbloqueio de empresas madeireiras
irregulares nos sistemas do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos
Recursos Naturais Renováveis (Ibama) e da Secretaria de Estado de Meio Ambiente
e Sustentabilidade (Semas).
Ao
todo, foram cumpridos, em Belém e nos municípios de Marabá, Tailândia,
Goianésia do Pará e Santarém, no Pará, e em Itinga, no Maranhão, nove mandados
de prisão preventiva e dois de condução coercitiva, além de 16 mandados de
busca e apreensão. A fraude rendeu mais de R$ 12 milhões aos criminosos.
O
trabalho investigativo teve início em 2015, quando foi realizada a primeira
fase da operação, com cumprimentos de mandados de busca e apreensão. Na
ocasião, as equipes policiais apreenderam na casa de um madeireiro, em
Goianésia do Pará, sudeste do Estado, centenas de canhotos de cheques já
emitidos.
Foram
encontrados quatro canhotos no valor de R$ 50 mil em que um dos beneficiados
era Uederson de Amadeu Ferreira, analista ambiental do Ibama de Marabá e
especialista em informática. As investigações presididas pela delegada Juliana
Cavalcante, da Divisão Especializada em Meio Ambiente (Dema), apontaram que o
funcionário público federal era o beneficiário direto dos cheques.
No
aprofundamento das investigações, destaca a delegada, foi possível constatar
que Uederson instalou programas que copiavam dados digitados em um computador
situado na mesma sala em que trabalhava no Ibama. Nos momentos de ausência do
colega de trabalho, ele utilizava o computador para desbloquear empresas
madeireiras que estavam irregulares junto ao Ibama e que, portanto, estavam
impedidas de atuar na extração e transporte de madeira. Para tanto, ele mantinha
contato com os responsáveis pelas empresas para cobrar deles valores em
dinheiro para fazer o desbloqueio e assim possibilitar a liberação das guias
florestais para autorizar o transporte de madeiras.
Ao
todo, 23 empresas bloqueadas no sistema foram liberadas para atuar na extração
de madeira pelo analista ambiental, segundo as investigações. Conforme apurou a
delegada, durante o inquérito, o analista ambiental teria recebido em torno de
R$ 200 mil de pessoas ligadas às empresas madeireiras. O esquema contava ainda
com apoio de um comparsa de Uederson, identificado como Anderson Ferreira
Bezerra, responsável em receber os valores em conta bancária.
Pelas
investigações, a estimativa é de que 1.293 caminhões tenham feito o transporte
de madeira ilegal extraída de 3.642 árvores. Os presos irão permanecer presos à
disposição da Justiça. A operação policial foi coordenada pela Diretoria de
Polícia Especializada (DPE), da Polícia Civil, e contou com atuação de
policiais civis de Delegacias Especializadas da capital. Os presos e objetos
apreendidos foram levados para a Delegacia-Geral, onde foram realizados os
depoimentos dos acusados. As investigações continuam.
Para
o delegado-geral Rilmar Firmino, as investigações ajudaram no combate ao
desmatamento e transporte ilegal de madeira. Conforme o titular da Polícia
Civil, no ano passado, o Estado do Pará conseguiu reduzir os índices de
desmatamento, porém, no primeiro semestre deste ano, houve um aumento nos níveis
de devastação da floresta.
Fonte/Foto: gazetadesantarem.com.br, com
informações da Secom
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