TURISMO: SALINAS, NO PARÁ, TEM SOL, MAR E... MUITO LIXO
O
grande fluxo de veranistas que procuram Salinópolis, no Nordeste do Pará, nesta
época de férias escolares, traz aos balneários do município um problema
ambiental que impressiona: o descarte de lixo. No final da tarde do último
domingo (17), na Praia do Atalaia, a mais procurada pelos banhistas, a maré
baixa evidenciava o cenário desolador, com a areia tomada por descartáveis,
latas de bebidas, garrafas de vidro e plástico, embalagens e cascas de coco,
entre outros itens. O contraste entre o belo cenário natural que Salinas
oferece e o verdadeiro lixão deixado por alguns frequentadores é condenado pelo
professor Dicleidson Costa.
“Eu
trago minha sacola plástica para guardar o lixo. Acho que é falta de
conscientização ambiental”, observa o educador, que está de férias com os
familiares no Atalaia. “Essas pessoas não pensam na coletividade. Em outros
lugares do Brasil, a gente não vê isso”.
SEMPRE
EM JULHO
O
engenheiro civil Nader Rachid, 40 anos, não está de férias, mas aproveitou a
folga de domingo para levar a filha Nadine, de 1 ano, para brincar na praia.
Segundo ele, o problema é recorrente no mês de julho. “Falta conscientização
aos turistas, pois no resto do ano a praia permanece limpa”, analisa. “As
pessoas deviam trazer suas sacolas, levar o lixo para um lugar adequado, mas
jogam na areia, porque é mais fácil”, critica.
Apesar
da situação, diversos órgãos ambientais realizam no município o projeto Tenda
Verde que estima retirar cerca de 5 toneladas de material reciclável das praias
a cada fim de semana. O trabalho tem auxílio de 2 caminhões, uma caçamba e se
divide em 3 turnos com 120 catadores.
“Quanto
mais a gente coleta, mais lixo é jogado”
Em
meio ao lixo, a reportagem do DIÁRIO observou o trabalho de retirada dos
entulhos no fim da tarde de domingo, na Praia do Atalaia, em Salinas. Eliezer
Nascimento é um dos 17 garis que tentava a árdua missão de deixar o balneário
limpo no turno. A gente recolhe o lixo da praia todo dia, de domingo a domingo.
Mas não tem jeito, vem muita gente e quanto mais a gente coleta, mais lixo é
jogado”, lamenta o trabalhador.
6
CAÇAMBAS
Ainda
de acordo com o gari, somente no Atalaia, durante os finais de semana de julho,
se chega a encher 6 caçambas com os entulhos da areia por dia de serviço.
A
produção do DIÁRIO tentou contato, por telefone, na tarde de ontem, com a Prefeitura
de Salinópolis, para obter um posicionamento sobre a questão. Contudo, até o
fechamento desta edição, nao conseguiu completar as ligações telefônicas.
Fonte/Foto: Luiz Octávio Lucas, de
Salinópolis, para DOL
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