ESCOLAS PÚBLICAS DE BELÉM REALIZAM AÇÕES EDUCATIVAS PARA ENFRENTAMENTO DO USO DE ÁLCOOL, DROGAS E PREVENÇÃO DE GRAVIDEZ PRECOCE
O
objetivo é reduzir o abandono escolar e universalizar o acesso à educação
básica e integral
Vinte
escolas estaduais e municipais de Belém (PA), localizadas nos bairros de Terra
Firme, Guamá, Bengui, Tapanã, Icoaraci e Umarizal, estão realizando ações
educativas para o enfrentamento e prevenção do uso de álcool e drogas e da
gravidez na adolescência. O objetivo é reduzir o abandono escolar e
universalizar o acesso à educação básica e integral. O projeto conduzirá ainda
um diagnóstico sobre essas questões na rede pública de educação, que
contribuirá para a qualificação das iniciativas do Sistema de Garantia de
Direitos.
O
projeto “Escola Viva: Enfrentando nas escolas públicas o uso de álcool e outras
drogas por crianças e adolescentes e gravidez precoce” foi desenvolvido pelo
Movimento de Promoção da Mulher (MOPROM) a partir do resultado da consulta
pública realizada em 2014 pelo Conselho dos Direitos da Criança e do
Adolescente de Belém. Na ocasião, identificou-se que o uso de álcool e drogas é
a situação que mais preocupa a população local, seguida pela gravidez precoce.
Tais fatores provocam o desinteresse pela vida escolar e, consequentemente, o
abandono dos estudos.
As 20
escolas recebem apoio de dez organizações da sociedade civil (OSC) para
realizarem as ações. Cada OSC é parceira de duas escolas na cidade. Além disso,
há uma instituição responsável exclusivamente pela produção de quites
educativos em audio e vídeo que abordam o tema e seus impactos na formação de
crianças e adolescentes. Ao longo do ano, serão produzidos 2.000 materiais.
O
projeto envolve mais de 1.000 alunos e cerca de 550 educadores. Sessenta jovens
do Ensino Médio receberão formação para atuarem como mediadores de vivências,
em parceria com os profissionais da educação. Os mediadores vão atuar como
interlocutor nas escolas, realizando campanhas de sensibilização com propostas
de enfrentamento ao uso do álcool, drogas e gravidez. As escolas terão
atividades nos campos da comunicação e da arte, como instalação de espaços de
leitura, peças de teatro, teatro de bonecos e círculos de leitura.
A
perspectiva é reduzir o envolvimento dos jovens com o uso de álcool e drogas e
incentivar a permanência de adolescentes grávidas na educação básica com bom
rendimento escolar. Dados de 2013 da Secretaria Municipal de Saúde de Belém
apontam que quase 20% das jovens entre 10 a 19 anos de idade tiveram filhos, o que,
muitas vezes, acarretou na interrupção ou abandono da vida escolar.
O
projeto do Movimento de Promoção da Mulher (MOPROM) foi selecionado pela
Fundação Itaú Social, por meio do Edital para a Destinação de Recursos aos
Fundos da Infância e Adolescência (FIA). Os valores são provenientes da
destinação de 1% do imposto de renda devido das empresas do Conglomerado Itaú
Unibanco Holding S.A.
Para
este ano, o Edital está com inscrições abertas até o dia 05 de agosto. As
propostas, com foco em educação integral, devem ser encaminhadas pelos
Conselhos Municipais dos Direitos da Criança e do Adolescente.
“Os
recursos devem ser aplicados em projetos inovadores que inspirem caminhos para
políticas públicas”, explica a Coordenadora de Mobilização Social da Fundação Itaú
Social, Cláudia Sintoni.
O Itaú
Social destinará os valores ao Fundo para apoiar ações, serviços, programas ou
projetos educacionais voltados ao acesso à cultura, à arte, à ciência, à
tecnologia, ao lazer e ao esporte. As inscrições recebidas serão analisadas
durante os meses de agosto a outubro e o resultado final tem previsão de
divulgação para 30 de novembro. A íntegra do edital e a relação de documentação
necessária estão disponíveis no site da Fundação Itaú Social (www.fundacaoitausocial.org.br).
Fonte: Daniela Martins
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