CIDADE DE BELTERRA TERÁ O PRIMEIRO MUSEU DE HISTÓRIA NATURAL DO PARÁ
Primeiras ações será a restauração de prédios e a casa construída para Henry Ford |
Museu de Ciências da Amazônia vai estimular o turismo e disseminar
a cultura.
Obras foram lançadas na quinta-feira, 14; museu deve entrar em
operação em 2018.
O
município de Belterra, localizado na região metropolitana de Santarém, no oeste
paraense, terá o primeiro museu de história natural do Pará. O Museu de
Ciências da Amazônia usará a educação para estimular o turismo e disseminar
cultura, explorando a riqueza cultural deixada pela passagem do ciclo da
borracha no município e seu patrimônio natural. Na quinta-feira, (14), uma
solenidade realizada no centro histórico de Belterra marcou o início das obras
do museu.
A
cerimônia contou com a presença do secretário de estado de Ciência, Tecnologia
e Educação Técnica e Tecnológica (Sectet), Alex Fiúza de Melo, de diretores do
Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), e do coordenador
da Organização de Desenvolvimento Cultural e Preservação Ambiental (AmaBrasil),
de Luiz Felipe, bem como secretários municipais e outras autoridades locais.
O
Museu foi idealizado para ser um espaço interativo, tecnológico e dinâmico
focado nas riquezas naturais da Floresta Amazônica, com destaque para a
Floresta Nacional (Flona) do Tapajós, importante área de preservação localizada
nos limites dos municípios de Belterra, Aveiro, Placas e Ruropólis. Entre os
eixos de ação prioritários estão a educação ambiental, a economia verde e a
pesquisa em torno da biodiversidade local.
Sediado
no antigo Hospital, o Museu contará com exposições interativas, tour virtual,
laboratórios para pesquisa básica, coleção zoológica e locais apropriados para
exibição de vídeos e oficinas culturais. O patrimônio histórico restaurado
servirá de base, também, para hospedagem de pesquisadores e turistas
interessados em conhecer as riquezas culturais e naturais desta parte da
Amazônia. A previsão é de que o Museu entre em operação em 2018.
O
investimento inicial será de cerca de R$ 15 milhões, sendo R$ 4,3 milhões em
recursos próprios do governo do Estado e o restante proveniente do BNDES. As
primeiras ações envolvem a restauração do antigo hospital Henry Ford, do
alojamento da Embrapa, das duas caixas d'água, da casa construída para que Ford
morasse, e ainda o inventário da fauna e flora da região, o projeto
museológico, o abastecimento de água e o esgotamento sanitário do município.
Vizinho
ao Museu está a Floresta Nacional do Tapajós (Flona) e dezenas de praias
banhadas pelo Rio Tapajós, que também serão alvos das ações. “O Museu vai
servir de referência para formação de pessoal local no trato da biodiversidade
que temos no entono e na aplicação para o turista no trato dessa
biodiversidade, que inclui não só a borracha, mas diversos fármacos, cosméticos
e outras matérias-primas vegetais. Será um atrativo turístico incorporado ao
Polo Tapajós, que tem Alter do Chão como porta de entrada”, destaca o titular
da Sectet, Alex Fiúza de Mello.
Belterra a sua história
Belterra
possui vasto e rico patrimônio histórico, herdado da implantação do ‘Projeto
Ford’, em 1934. O magnata Henry Ford sonhava em construir um império no coração
da Amazônia, usando a riqueza oriunda da exploração do látex natural. Nascia o
então chamado Ciclo da Borracha. O projeto de Ford, contudo, não durou por
muito tempo, mas deixou uma estrutura urbana invejável à época para os padrões
locais e baseada na arquitetura norte-americana, entre casas pré-fabricadas em
madeira, hidrantes, caixas d’água, escolas e um até hospital.
Fonte/Foto: g1.globo.com/Adonias Silva
Nenhum comentário:
Postar um comentário