NO AMAZONAS, ALUNOS DESENVOLVEM PRANCHA DE STAND UP PADDLE (SUP) COM GARRAFAS PET
Resultado
do projeto RH-TI, a prancha foi testada na manhã de ontem, na Praia da Ponta
Negra, com resultados positivos.
Sustentabilidade, ciência e esporte se uniram, nesta sexta-feira
(20), na Praia da Ponta Negra, zona oeste, com o teste de uma prancha de Stand
Up Paddle de garrafas pet. O projeto foi desenvolvido por alunos do ensino
médio da rede estadual de ensino. Pela primeira vez no rio, a prancha de
materiais recicláveis substituiu a prancha usual do esporte.
O produto foi resultado do projeto RH-TI fomentado pela Fundação
de Amparo à Pesquisa do Estado do Amazonas (FAPEAM) em parceira com a
Secretaria de Estado de Educação (Seduc), que reúne 30 alunos de diversos
colégios estaduais. Um dos responsáveis pelo desenvolvimento da prancha, o
professor de química Obenésio Aguiar, diz que a pesquisa e aplicação durou
aproximadamente dois meses.
“Observamos que as garrafas pet na cidade são descartadas nos rios
e igarapés, ou seja, sem critério de descarte. Lançamos esse problema para os
alunos e eles trouxeram a ideia da prancha que uniu a sustentabilidade e o
esporte”, explicou o professor, acrescentando que a ideia não foi pioneira dos
alunos, porém a aplicação incentivou o uso prático de conceito químicos,
matemáticos e físicos, além de ajudar o meio ambiente.
Cada prancha utilizou em média 97 garrafas pet, canos de PVC (que
serviram como base e sustentação), CD's para dar o direcionamento, cola e EVA
para ficar mais confortável para sustentar os pés. Ao todo foram produzidas
cinco pranchas e uma menor para animais.
O aluno participante do RH-TI, Josué Alves, 16, disse que o
produto torna o esporte, que está em 'alta', mais acessível. “Uma prancha
industrializada custa em média uns R$ 2 mil a R$3 mil, enquanto nesse não se
gastou quase nada, acredito que não tenha chegado nem a R$250. Além disso,
envolveu toda a comunidade para olhar esse lado sustentável. Pegamos o material
nos lugares onde moramos e ainda ficamos mais próximos a ciência”, disse Josué,
explicando que, ao todo, o grupo reuniu aproximadamente mil garrafas pet.
“Depois dos testes, vimos que ficou igual a uma prancha de SUP.
Deu para se sustentar e o projeto todo valeu a pena”, comenta o aluno Gabriel
dos Santos, 19, que testou a prancha na praia da Ponta Negra.
Após os testes e de volta aos laboratórios, o professor Obenésio
explica que o produto segue para uma nova etapa, quando os alunos devem
analisar a aplicabilidade na produção de de jogos e produtos de tecnologia e
inovação.
“A partir de agora, a prancha ficará para exposição e os nossos
próprios alunos podem ser convidados para fazer oficinas. Alguns já tem
iniciativas para aplicar o empreendedorismo nessas pranchas. Agora irão pensar
em jogos e projetos de tecnologia e inovação, por exemplo, programar um jogo de
computador de um 'bonequinho' se sustentando na prancha e também analisar a
prancha para pessoas de um maior porte”, explicou.
Fonte/Fotos:
Isabelle Marques - portal@d24am.com/Sandro Pereira
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