POLÍCIA OUVE VEREADORES INVESTIGADOS NO CASO 'MENSALINHO EM JURUTI' NO PA



13 vereadores da cidade são investigados por receber propina do prefeito.
Secretária de finanças e empresários também devem prestar depoimento.
A Polícia Civil (PC) de Juruti, no oeste do Pará investiga a conduta de 13 vereadores da cidade suspeitos de atos de improbidade administrativa. De acordo com a polícia, os vereadores envolvidos no processo já foram ouvidos e serão convocados a prestar novos depoimentos nos próximos dias. O inquérito policial foi aberto em julho de 2015 e o caso está sendo chamado de "Mensalinho de Juruti".
Em entrevista na tarde dessa segunda-feira (21), o delegado responsável pelo caso, Jaime Paixão, afirmou que as investigações começaram a partir de denúncias feitas por moradores. A acusação é de que os vereadores estariam recebendo pagamento de propina no valor de R$ 2 mil por mês em troca de apoio político ao prefeito Marcos Dolzane na Câmara, além da liberação de 200 litros de combustíveis e ainda passagens fluviais e aéreas.
Prestou depoimento na segunda-feira (21), a secretária de finanças do município. Devem ser ouvidos nos próximos dias o presidente da Câmara de Vereadores e empresários da região.
Prefeito investigado
Em fevereiro de 2015 o Ministério Público do Estado (MPE) instaurou Procedimento Preparatório Preliminar para investigar denúncias sobre um suposto esquema de corrupção que estaria sendo liderado pelo prefeito de Juruti, Marcos Dolzane. O MP tomou conhecimento do caso por meio de entidades civis e por moradores do município.
A denúncia é de que o Dolzane seria o responsável pelo pagamento de propina aos vereadores.
Consta na denúncia um áudio armazenado em CD que teria sido gravado durante uma reunião entre o prefeito e os parlamentares, na qual eles estariam acertando o valor a ser pago. Ainda em 2015, o MP pediu documentos à prefeitura e à câmara para perícia.
O MP chegou a requistar também a instauração de inquérito policial para apurar a parte criminal. O prazo para a conclusão do procedimento era de 90 dias.

Fonte: G1 Santarém

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