A FLORESTA ACABOU
Ø Publicado por Lúcio Flávio Pinto
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Em 82 dos
144 municípios do Pará o remanescente de floresta primária original está abaixo
de 50%, que é a área de reserva legal estabelecida para os imóveis rurais em
boa parte do Estado, reduzida dos 80% que prevalecem na maior parte do
território paraense.
Em dois
municípios – Santa Cruz do Arari, na ilha de Marajó, e Mojuí dos Campos, que se
desmembrou pouco tempo atrás de Santarém, no Baixo Amazonas – a floresta primitiva foi simplesmente
extinta. Em outros 15 municípios, o que sobrou da mata de origem representa 10%
da área total.
Os dados
brutos que permitem esses cálculos constam da instrução normativa nº 8 da
Secretaria de Meio Ambiente e Sustentabilidade, datada de 28 de outubro e
publicada no Diário Oficial de hoje. Conforme seu enunciado, a instrução
“define procedimentos administrativos para a realização de limpeza e
autorização de supressão, a serem realizadas nas áreas de vegetação secundária
em estágio inicial de regeneração, localizadas fora da Reserva Legal e na Área
de Preservação Permanente (APP) dos imóveis rurais”.
Os outros
municípios com área de floresta primitiva inferiores a 10% do total são, em
geral, de ocupação mais antiga, sobretudo na região nordeste do Estado, e da
colonização pela primeira leva de imigrantes das rodovias nacionais, como a
Belém-Brasília: Augusto Correa (1,20%), Bragança (3.43%), Mãe do Rio (4,46%).
Tracuateua (5,84%), Capanema (6,64%), Bonito (6,94%), Igarapé-Açu (7,54%),
Castanhal (8,17%) , São Francisco do Pará (8.01%), Abel Figueiredo (com 8,24%
de mata nativa) e Santa Luzia (8.45%).
Dos
municípios que tiveram penetração econômica mais recente estão Eldorado dos
Carajás (7.85%), São Domingos do Araguaia (8,22%) e Tucua (9,14%).
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Lúcio Flávio Pinto é jornalista profissional desde 1966. Percorreu as redações de algumas das principais publicações da imprensa brasileira. Durante 18 anos foi repórter em O Estado de S. Paulo. Em 1988 deixou a grande imprensa. Dedicou-se ao Jornal Pessoal, newsletter quinzenal que escreve sozinho desde 1987, baseada em Belém.
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Lúcio Flávio Pinto é jornalista profissional desde 1966. Percorreu as redações de algumas das principais publicações da imprensa brasileira. Durante 18 anos foi repórter em O Estado de S. Paulo. Em 1988 deixou a grande imprensa. Dedicou-se ao Jornal Pessoal, newsletter quinzenal que escreve sozinho desde 1987, baseada em Belém.
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