USINA DE BELO MONTE JÁ VAI COMEÇAR A OPERAR EM MARÇO
Geração de energia começará até o fim do mês que vem,
garante consórcio
O presidente da Norte
Energia, consórcio responsável pela construção e operação da usina hidrelétrica
de Belo Monte, Duilio Diniz Figueiredo, disse ontem, que o empreendimento
começa a gerar eletricidade em março, com pouco mais de um ano de atraso em
relação ao cronograma original. As informações são do Portal G1.
"Estamos gerando nas
duas usinas, Pimental e Belo Monte, em março”, disse Figueiredo, que
participou, em Brasília, da entrega de um sistema de monitoramento via satélite
à Fundação Nacional do Índio (Funai). A montagem desse sistema, que vai ser usado
para identificar crimes ambientais em terras indígenas, é uma das condições que
o consórcio deveria cumprir para receber a licença de operação da usina.
O complexo de Belo Monte
conta com duas usinas, ou casas de força: Pimental e Belo Monte. A primeira,
segundo o contrato de concessão, deveria começar a gerar energia em 28 de
fevereiro de 2015. Ao todo, Pimental terá seis turbinas e capacidade para 233,1
MW (megawatts), cerca de 3% de toda a eletricidade que será gerada pelo
complexo em sua capacidade máxima, o que daria para abastecer uma cidade de
cerca de 500 mil habitantes.
Depois do primeiro atraso,
a Norte Energia chegou a prever para outubro o início da operação de Pimental.
Mas o consórcio foi obrigado a adiar de novo o funcionamento da usina porque,
em setembro, o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais
Renováveis (Ibama) não concedeu a licença de operação, que permite o enchimento
dos reservatórios da usina. A licença do Ibama só saiu ao final de novembro do
ano passado. Já a usina Belo Monte, que responderá por 97% da eletricidade do
empreendimento (11 mil MW), não deve registar atraso – o cronograma já prevê
que entre em operação em março.
Na terça-feira, 2, a
diretoria da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) voltou a negar pedido
da Norte Energia para adiar o prazo para a usina entrar em operação. A agência
não aceitou os argumentos da empresa de que não teve responsabilidade pela
demora, que chega a 465 dias em Pimental e a 370 dias em Belo Monte. De acordo
com o consórcio, esse problema foi resultado de greves de trabalhadores, demora
de órgãos públicos na concessão de licenças e de ações judiciais que obrigaram
a paralisação da obra.
Devido a uma mudança na
lei no final do ano passado, porém, o processo será agora encaminhado ao
Ministério de Minas e Energia, que poderá livrar a Norte Energia de culpa pelo
atraso e, ainda, estender o contrato de concessão da empresa para garantir que
ela recupere, pelo menos em parte, os prejuízos. Duilio diz que confia que
poderá convencer o ministério a não penalizar o empreedimento.
Fonte/Foto:
O Liberal/Regina Santos – Norte Energia


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