TÉCNICOS PARALISAM UNIVERSIDADES NO PARÁ NESTA QUARTA-FEIRA
Servidores de quatro
instituições cruzam os braços no Estado
Os servidores técnicos das
quatro universidades federais do Pará irão paralisar as instituições hoje. Os
servidores da Universidade Federal Rural da Amazônia (Ufra), Universidade
Federal do Pará (UFPA), Universidade Federal do Oeste do Pará (Ufopa) e Universidade
Federal do Sul e Sudeste do Pará (Unifesspa) paralisarão as atividades.
A decisão foi aprovada na
última quinta-feira, dia 18, quando os servidores decidiram aderir ao movimento
que deverá atingir 28 universidades em todo o Brasil. Durante todo o dia serão
desenvolvidas atividades nas quatro universidades e no Hospital Universitário
João de Barros Barreto (HUJBB) contra a privatização dos hospitais
universitários e à reforma da Previdência proposta pelo governo federal. A
categoria deliberou por fechar os portões da Ufra. Somente os serviços
classificados como essenciais, que são os cuidados com plantas e animais, serão
liberados para funcionar hoje.
Uma discussão sobre os
rumos do movimento está marcada para às 11 horas no hall da reitoria da UFPA.
Segundo a coordenadora de Comunicação do Sindicato dos, Tais Ranieri, a
paralisação de hoje de servir como um marco inicial da campanha salarial de
2016. Dentre os principais pontos da pauta dos servidores estão a medida que
determina a adesão automática dos Servidores Públicos Federais (SPF) ao Fundo
de Pensão Complementar (FUNPRESP), a reforma da previdência e a mudança de
gestão do Hospital Universitário João de Barros Barreto (HUJBB). Uma assembleia
dos servidores deve ser realizada em março.
O principal objetivo do
ato em frente ao Barros Barreto é denunciar a má gestão da Empresa Brasileira
de Serviços Hospitalares (EBSERH). Os técnicos administrativos são contra a
transferência da gestão do hospital da UFPA para a EBSERH. “Os hospitais
universitários recebem verba do MEC e os profissionais da Saúde são vinculados
a carreira técnica administrativa da instituição. Todos são profissionais em
educação na saúde. Com a transferência da gestão vai dificultar o repasse de
verbas, a UFPA poderá fazer um repasse para o Barros Barreto, mas na verdade o
principal problema começa aí. O problema dos hospitais universitários não é de
gestão, o problema central é a falta de verbas. Hoje, 50% dos leitos do Barros
Barreto estão fechados. Eles existem, mas estão fechados, porque não tem mais
dinheiro”, argumenta Tais Ranieri. Com a mudança os novos contratados deixarão
de ser servidores da UFPA para serem da EBSERH.
Outra das principais
bandeiras da paralisação é a reforma da previdência. A decisão da presidente
Dilma Roussef (PT) de encaminhar uma proposta de Reforma da Previdência é vista
como uma forma do governo diminuir direitos dos trabalhadores. “Desde a década
de 90 foram feitas várias alterações no direito previdenciário, a Dilma
anunciou que encaminhará uma nova proposta para diminuir o rombo da
previdência. Na verdade, não existe rombo na previdência. Eles desviam o
dinheiro da previdência para o pagamento da dívida pública”, afirmou. O governo
pretende instituir um fator previdenciário progressivo. Atualmente, o tempo de
contribuição dos trabalhadores é de 85 anos para mulheres e 95 anos para os
homens, as mudanças que vincularão a aposentadoria ao aumento da expectativa de
vida irá para 95 anos para mulheres e 105 para os homens. A proposta
governamental também quer eliminar a diferença de anos existente entre homens e
mulheres.
Fonte/Foto:
O Liberal/ORM News Arquivo

Nenhum comentário:
Postar um comentário