ESCASSEZ DE TUCUNARÉ PREOCUPA ADEPTOS DA PESCA ESPORTIVA NO MUNICÍPIO DE BARCELOS, NO AMAZONAS
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| Aldo Estann diz que a escassez do tucunaré está cada vez mais evidente |
Adeptos da pesca esportiva e representantes do
segmento acreditam que a falta de fiscalização efetiva para a prática da pesca
irregular vem contribuindo para o sumiço da espécie
O município de Barcelos é
conhecido por possuir a maior concentração de tucunaré da Amazônia, cercado de
águas, costuma atrair entre o meses de setembro a março centenas de turistas
para praticar a pesca esportiva na região. Com o recorte mundial de 13.7 kg,
muitos dos praticantes sonham em encontrar ao longo do rio negro e seus
afluentes um peixe desse porte, mas nos últimos anos, esse registro tem ficado
cada vez mais difícil.
De acordo com o médico
paulista Aldo Estann, adepto da pratica há 25 anos, os peixes tem sumido nas
últimas temporadas e vê na pesca ilegal um dos fatores cruciais para isso. “Nós
pegamos, documentamos e devolvemos os peixes às águas, pois objetivamos a
conservação ambiental, ao contrário da matança discriminada, eles capturam
toneladas em redes e outros equipamentos sem se preocupar com a renovação da
espécie”, argumenta ele, que anualmente costuma vir à região em busca do
Tucunaré Açú, um dos gigantes dos rios.
Para Aldo, a pesca
predatória na região de Barcelos representa um impacto não só ambiental, mas
socioeconômico, uma vez que os turistas movimentam a economia local. “Em média
se gasta de oito a dez mil de reais em cada visita, e isso movimenta a região,
e se o turista vem e não consegue capturar
o Tucunaré, por exemplo, ele não pensará em voltar na próxima
temporada”, conclui o médico, que pertence à Associação Nacional de Ecologia e
Pesca Esportiva (ANEP).
O Diretor da Associação
Barcelense dos Operadores de Turismo (ABOT), Ian Arthur de Suloki, acredita que
a falta de fiscalização efetiva para prática da pesca irregular contribui para
o sumiço da espécie dos rios. “O governo cria um decreto que não funciona, pois
não tem fiscal suficientes para verificar a região inteira somado aos problemas políticos do
município que acabam prejudicando a comunidade
que fica sem a rotatividade turística que a mantem”, disse Ian. Conforme o
diretor, o Estado deveria proibir de forma integral a comercialização de peixe
em qualquer época do ano.
Ainda de acordo com ele, a
seca nos rios tem dificultado o acesso de embarcações maiores em alguns pontos
das águas . “Espero que a chuva contribua para encher os rios, pois a nossa
aposta para alavancar a prática esportiva na temporada de 2017 é chegar a esses
pontos de concentração de peixes“, finaliza. A ABOT possui 27 empresas
associada entre quiosques, hotéis e embarcações no município.
Espécie atrai pescadores
Os tucunarés são peixes
que atraem pescadores por causa da briga que ele faz. Normalmente atingem de 50
cm ou 60 cm. O peso fica entre 8 kg e 10 kg, mas há registros com mais de 1
metro e até 13.7 kg. Os tamanhos encontrados ultimamente no rio negro e
afluentes está sendo de 5 a 8 kg,
considerado bem abaixo da média.
Fonte/Foto:
Hellen Miranda – A Critica/Divulgação


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