CHUVAS CONTINUARÃO ABAIXO DA MÉDIA E CPRM DESCARTA GRANDE CHEIA PARA A AMAZÔNIA
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Mesmo com o início do período chuvoso, as previsões do
Serviço Geológico do Brasil (CPRM) mostram que a região terá uma enchente
abaixo da média dos últimos anos, em função dos efeitos climáticos do ‘El
Niño’. Influência do fenômeno climático deve continuar até o final do primeiro
semestre
De acordo com CPRM, o rio Negro está próximo de
iniciar o período de descida
As chuvas que tem caído em
Manaus, nesses últimos dias, podem indicar que o início do período chuvoso
realmente vai começar no Amazonas. Porém, como previsto, as precipitações serão
abaixo da média por conta da influência do fenômeno climático El Niño. As
informações são do superintendente regional do Serviço Geológico do Brasil
(CPRM), em Manaus, Marco Antônio de Oliveira.
De acordo com ele, mesmo
que o El Niño dure até abril como as previsões indicam os efeitos devem
continuar no Estado. A normalidade deve ocorrer a partir do segundo semestre.
Mas, assim como o fenômeno influenciou na seca, também deve impactar na cheia
da região. “Tivemos uma vazante, no ano passado, acima da média e as previsões
mostram que teremos uma enchente abaixo da média dos últimos anos”, revelou.
Marco Antônio explicou que
as bacias dos rios Juruá, Purus, Madeira e o próprio Solimões estão no período
normal de enchente por serem influenciadas pelo Hemisfério Sul, que também se encontra
em estação de cheia. Já a calha do rio Negro (com exceção de Manaus), está em
processo normal de estiagem assim como ocorre nos rios Branco (Roraima) e
Orinoco (Venezuela), porque é influenciada pelo Hemisfério Norte, e este também
passa por essa atipicidade.
Ontem, depois de 21 dias
secando, o rio Negro voltou a encher. Subiu dois centímetros e atingiu a cota
de 19,63 metros, de acordo com dados do Serviço de Hidrologia do Porto de
Manaus. Mas no mesmo período do ano passado, o nível do rio estava em 24,83
metros. O Negro vinha em processo de seca desde o dia 4 deste mês e secou 53
centímetros até o último dia 24.
Por conta da estiagem
registrada no rio Negro, os municípios de Presidente Figueiredo, Barcelos,
Santa Isabel do Rio Negro e São Gabriel da Cachoeira continuam em situação de
emergência e recebendo ajuda do Governo do Estado. Mas a situação deve melhorar
com a ocorrência de chuvas para as próximas semanas nessa região, conforme
informou a Secretaria de Meio Ambiente do Estado (Sema).
Ainda de acordo com a
pasta, no período de 15 a 22 de fevereiro, o número de focos de calor reduziu
com a ocorrência de chuva, quando comparado ao mês de janeiro. Nesse período o
Amazonas registrou 134 focos. Dos 62 municípios do Estado, 20 apresentaram
ocorrência de focos de queimadas. Barcelos apresentou a maior ocorrência de
focos para o período analisado com 77 registros, seguido de Santa Isabel do Rio
Negro com 10 focos e em terceiro Novo Airão, com oito registros.
Cooperação contra as queimadas
O termo de cooperação que
formaliza compromissos para o combate a queimadas e o desmatamento no Amazonas,
apresentado durante o Fórum Permanente de Secretários Municipais de Meio
Ambiente, no último dia 17, ainda não foi assinado. De acordo com a Secretaria
de Meio Ambiente do Estado (Sema), devido às adequações que estão sendo feitas
para o mais rápido possível ser formalizado junto aos gestores de cada
município.
Conforme a Sema, surgiram
sugestões importantes dos participantes que estão sendo inseridas no documento
incidindo na sua ampliação. E a adequação do termo reflete a proposta
democrática de ouvir cada representante dos municípios, analisar e acatar suas
propostas visando à preservação das riquezas naturais do Estado. As melhorias
ampliam os compromissos que cada gestor deve assumir contra as queimadas e
desmatamento.
Fonte/Foto:
Silane Souza – A Critica/Aguillar Abecassis


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