O VOLUNTARIADO NA PERCEPÇÃO INSTITUCIONAL DO ABRIGO MOACYR ALVES
O Abrigo Moacyr Alves,
parte integrante do Núcleo de Amparo Social Tomas de Aquino - NASTA, é uma
associação de direito civil, sem fins lucrativos, caracterizada como
Organização Não-Governamental - ONG, componente do Terceiro Setor e parceiro do
Governo do Estado do Amazonas e da Prefeitura de Manaus.
O Abrigo Moacyr Alves,
assim como muitas outras ONG’s, no estado do Amazonas e em diversas partes do
mundo, que desenvolvem projetos com atuação qualificada e específica, além de
seu corpo técnico e administrativo, muitas vezes, utiliza-se de Atividades
Voluntárias.
O Voluntariado,
característico pelo desempenho de atividades básicas, específicas e/ou
qualificadas, depende da propositura da instituição e/ou do projeto proposto, é
exercido por pessoas que buscam as instituições a fim de doar sua expertise e
seu tempo sem quaisquer perspectivas de remuneração e/ou vínculo empregatício.
Nossa instituição, ao
longo dos anos, tem buscado aprimorar o processo de captação, seleção e
vinculação desta mão-de-obra tão importante, mas como muitas outras
instituições no Brasil ainda têm muito que aprender. Todavia, por entendermos
que muitas pessoas buscam a atividade voluntária, movidos por valores de
solidariedade e responsabilidade, classificamos em duas as vertentes de ação
voluntária em nossa instituição.
A primeira atividade
voluntária é a de atuação técnica, desempenhada por profissionais com formação
superior em áreas da saúde, assistência social e educação, cujo interessado é
previamente avaliado pelo responsável técnico do setor em que desenvolverá a
atividade voluntária, sendo posteriormente encaminhado ao setor de psicologia
para os trâmites de vinculação voluntária com preenchimento e assinatura do
Termo de Adesão Voluntária. A segunda atividade voluntária desenvolvida é a de
atividades socioeducativas, desempenhada por pessoas que não possuem
qualificação técnica específica e/ou que buscam outras formas de interação com
nosso público que é de pessoas com deficiências.
É importante ressaltar que
todos os voluntários que adentram nossa instituição, são devidamente orientados
quanto às suas atividades e condutas, bem como às normas que regimentam a
instituição.
Somos sabedores que muitas
pessoas modificam suas percepções, atitudes e comportamentos ao longo de sua
existência, o que é perfeitamente saudável para uma forma de existir plena.
Sabemos ainda, e não ignoramos o fato, que muitos que nos buscam a fim de
desenvolver uma atividade voluntária, o fazem por percepções religiosas,
acreditando que podem negociar com seu “Deus”.
Há ainda, pessoas que têm
conflitos emocionais e que são orientadas a procurarem esse tipo de trabalho
como auxílio para amenizar suas dores, como ainda, pessoas que estão
completamente perdidas e adoecidas e que assim, como “Alice”, qualquer caminho
serve.
O Abrigo Moacyr Alves,
durante o processo inicial de vinculação para a Atividade Voluntária, busca
identificar este perfil de candidatos, todavia, não conseguimos atingir 100
(cem) por cento de eficácia, mas não desistimos de tentar.
Compreendemos que muitas
pessoas que, hoje, desenvolvem atividades voluntárias em nossa instituição,
podem perder o foco de sua atividade voluntária e passar a criticar de forma
amplamente equivocada a atividade desenvolvida pela instituição e/ou o apoio de
nossos parceiros, por acreditarem que não atendem aos anseios de nossos
acolhidos. Assim, é de extrema importância o diálogo e acima de tudo o
entendimento de que suas percepções individuais não contemplam a percepção do
todo, mas se porventura contemplarem, não é de responsabilidade do voluntário
as tratativas para tais implementações.
Há pessoas que querem
ajudar de sua maneira e não como a instituição precisa. Pessoas que transferem
suas carências para o público atendido e com isso procuram compensações de
todas as maneiras perdendo o foco da atividade voluntária, tornando-se “um problema”
para a instituição, ultrapassando o limite do bom senso, ferindo os valores
institucionais adotados, interferindo diretamente no trabalho desenvolvido e
agindo em causa própria, pois utilizam a atividade voluntária como “bálsamo”
para seus conflitos, dores e sofrimentos internos.
Sugerimos as pessoas que
buscam a Atividade Voluntária, que não se apeguem somente a um “aspecto” da
atividade, achando que são os “Salvadores da Pátria”, ou mesmo deste e/ou
daquele acolhido. Por favor, revejam suas escolhas e ampliem seu entendimento
do verdadeiro sentido de SER ÚTIL, ou busquem terapias.
A pessoa que desenvolve
uma atividade voluntária dá e recebe, tem uma relação humana rica e solidária,
mas nem todos estão preparados para isso. A atividade voluntária é para pessoas
positivas, que usam parte desse tempo para fazer bem a outras, o que, em
contrapartida, faz bem a elas mesmas.
Pesquisas demonstram os
vários benefícios ligados ao altruísmo e afirmam que a atividade voluntária faz
BEM PARA A SAÚDE FÍSICA E MENTAL. Pessoas de todas as idades que desenvolvem a
atividade voluntária são mais felizes, com uma saúde muito melhor e com menos
indicativos para depressão.
Reiteramos que nenhum
VOLUNTÁRIO tem o direito de usar o nome da instituição, seja em campanha, seja
em iniciativa de qualquer natureza sem a autorização prévia dos dirigentes e
que medidas podem ser tomadas em relação a isso, pois um dos valores
norteadores da instituição é a TRANSPARÊNCIA de suas ações!
Agradecemos em nome da
instituição, a todos que contribuem de forma direta e indireta, que conhecem e
respeitam nosso trabalho por todas as vezes que nos ajudam sem julgamentos, mas
que, quando necessário, nos procuram para esclarecimentos sem, contudo,
propagarem falsas verdades.
A todos vocês, que Deus os
abençõe continuamente!
Claudete Ciarlini
Diretora
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