RITUAL CENTENÁRIO MARCA A ABERTURA DO ÇAIRÉ, EM ALTER DO CHÃO




O hasteamento dos mastros, um ritual realizado há mais de 300 anos, marcou a abertura do Çairé 215, em Alter do Chão, em Santarém, oeste do Pará, na manhã desta quinta-feira (17).
A festa é originária da miscigenação entre indígenas e portugueses, iniciada pelos índios Borarí e ressuscitada há 43 anos pelo povo de um dos lugares mais belos do Pará.
O Çairé religioso e profano é cheio de símbolos, personagens e significados, seja no rito em adoração ao Divino Espirito Santo, seja no Festival dos Botos.

Mastros simbolizam a fatura nas terras indígenas
O rito religioso marca a abertura da festa. Logo cedo é realizada a celebração, conduzida pelo padre da paróquia local de Nossa Senhora da Saúde. “A igreja católica vê esse momento do Çairé e vê esse barracão aqui como um lugar sagrado, onde se louva, onde se agradece, onde o está o Divino Espírito Santo é a fonte de vida da igreja, nós que ao longo dos séculos como humanidade destruímos tanta coisa, há uma coisa que a gente não pode destruir que é o sentimento do sagrado”, diz o sacerdote, José Cortes.
O barracão abriga a Coroa, representação do Espírito Santo. De lá saí a procissão do Çairé. A frente vai a Çaraipora - responsável por levar o semicírculo símbolo do Çairé -; o capitão, que conduz a caminhada; o grupo musical de cordas, paus e percussão Espanta Cão toca as ladainhas.

O Capitão conduz a procissão
Célio Camargo é capitão há 11 anos e pretende continuar com essa missão. “É uma satisfação grande demais, é um prazer, uma alegria de estar participante de mais um Çairé, pra mim e para todos que fazem essa festa”.

Fonte/Fotos: DOL com informações de Raphael Ribeiro, correspondente Diário do Pará/Raphael Ribeiro

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