POPULAÇÃO QUER REDUÇÃO DE 50% NO SALÁRIO DOS VEREADORES DE SANTARÉM-PA



Uma manifestação foi realizada na manhã desta 3ª feira, na Câmara Municipal de Santarém
Um manifesto que aconteceu na manhã desta terça-feira, 01, no plenário da Câmara Municipal, organizado por lideranças de várias entidades comunitárias de Santarém pediu a redução de 50% do salário dos vereadores. Portando faixas e cartazes os ativistas protestaram contra os salários exorbitantes dos vereadores e cobraram mais investimentos nas áreas de saúde, infraestrutura e educação.
Hoje, tanto os vereadores quanto o prefeito, a vice-prefeita e os secretários ganham os salários aprovados pela Câmara Municipal, através de um projeto de lei, votado no dia 02 de outubro de 2012.
Desde janeiro de 2013, cada vereador de Santarém começou a receber o valor mensal em torno de R$ 9.900,00. Já o prefeito passou a receber o vencimento em cerca de R$ 20.042,34, enquanto que a vice-prefeita R$ 15.031,00, e os secretários recebem seus respectivos salários no valor de R$ 9.900,00.
De acordo com o coordenador do movimento “Acorda Santarém”, João Batista, o salário que os vereadores recebem não condiz com o trabalho que eles desenvolvem, no momento em Santarém. “Vamos continuar a campanha para que eles (vereadores) se conscientizem e reduzam seus salários. Recentemente em algumas cidades do Paraná os parlamentares ouviram a população e reduziram os salários”, destaca Batista.
Para a coordenadora do Movimento dos Trabalhadores em Luta Por Moradia (MTLM), Margareth Ferreira, o movimento deve continuar para que os vereadores de Santarém elaborem um projeto para reduzir seus próprios salários. “Hoje, a maioria da população de Santarém se vira com apenas um salário mínimo por mês. Tem algumas famílias que tem uma renda até menor que um salário. Então, cabe aos vereadores, que são representantes do povo, se conscientizar e reduzir seus salários”, disse Margareth.
Além das lideranças comunitárias, devido aos altos salários recebidos pela classe política de Santarém, a população sugere que a Câmara crie um projeto de lei sobre a redução dos salários.
“Eu acredito que eles deveriam sim reduzir os salários. Com certeza os vereadores deveriam trabalhar mais para poder ganhar um salário alto. O que percebemos é que possuem um salário que não condiz com os benefícios que trazem a população. Sendo mais clara: Eles não trabalham pelo povo!”, exclamou a professora Sílvia Letícia.
“A dúvida é: Será que os vereadores da nossa cidade irão aderir ao movimento para baixar os salários deles, em no que concerne a atual conjuntura todos ávidos pelo poder o qual foram eleitos? Realmente o poder emana do povo. O povo põe, o povo tira!”, professou o jornalista Jorge Serique.
Para quem acompanha a atual realidade da economia do Brasil, onde o Produto Interno Bruto (PIB) tem grandes possibilidades de não crescer neste ano, os altos salários dos políticos de Santarém não condiz com os trabalhos feitos a favor da população. “O Brasil passa por um momento muito difícil, a situação não está sendo fácil… Pra completar ainda temos ‘furos pós furos’ dos governantes. Na nossa cidade, um vereador ganha quase R$ 10.000 mil. Quero deixar aqui minha indignação e dizer que sou contra esses salários, deveria ser no máximo R$ 3 mil”, disparou o diagramador Marcus Vinicius.
Sobre a manifestação propondo a redução de salário dos vereadores, o presidente da Câmara de Santarém, Reginaldo Campos (PSB) disse que, na condição de presidente do Poder Legislativo, vê com muita tranqüilidade, por ser a Câmara a casa do povo de Santarém, a qual tem a honra de no momento presidi-la.
Cita que a Câmara sempre recebeu todos os movimentos, sejam grandes ou pequenos, com o mesmo nível de importância, já que o parlamento é o guardião do povo. “Entendemos ser mais um movimento que vem para contribuir com o engrandecimento de nossa cidade, só esperamos que como os outros, sejam respeitosos para com a instituição. Porque a Câmara é maior que qualquer um de nós, ela vai continuar e nós vamos passar”, adverte.
Reginaldo Campos deixou claro que o vereador é um agente público, não é um assalariado. “Ele recebe o subsidio com base no que determina a Constituição Federal de 1988, não recebemos férias, nem décimo terceiro, a Câmara de Santarém não tem verba de gabinete, recebemos 50% do subsidio do deputado estadual, o que preceitua na Constituição Federal, em seu artigo 29, parágrafo 4º, em municípios de até 300 mil habitantes”, explica.

Fonte/Foto: RG 15 - O Impacto

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