CAPAZ DE CICATRIZAR ÚLCERAS E EVITAR A AMPUTAÇÃO, GEL À BASE DE GENGIBRE SERÁ COMERCIALIZADO
O gel foi descoberto por meio de uma pesquisa
realizada pelo farmacêutico e bioquímico do Inpa Carlos Cleomir de Souza
Em menos de sete meses, o
gel produzido à base de Zingiber zerumbet (gengibre amargo), que possibilita a
cicatrização de úlceras diabéticas e evita a amputação do local do ferimento,
estará no mercado para comercialização. O gel é resultado de uma pesquisa
realizada pelo farmacêutico e bioquímico do Instituto Nacional de Pesquisa da
Amazônia (Inpa) Carlos Cleomir de Souza e foi apresentado na manhã desta
quarta-feira, 23, na Cessão de Tempo da Assembleia Legislativa do Amazonas
(Aleam), localizada na Zona Centro-Sul.
Desde o início da pesquisa
sobre o desenvolvimento do gel foram realizados vários testes em pessoas que
possuem úlcera crônica provocada pela diabetes. Dos casos estudados, em que
foram realizados o tratamento na primeira fase clínica com o gel, 95% dos
pacientes tiveram as úlceras cicatrizadas. “A maioria desses pacientes já
estava com um risco cirúrgico, perto de chegar à amputação, e graças aos nossos
produtos, conseguimos reverter esse
quadro”. explicou.
Mas há outras fases da
pesquisa que necessitam ser realizadas para o produto entrar de vez em
circulação no mercado e auxiliar no tratamento das úlceras. “Só vamos conseguir
uma certeza da cura, com o processo de cicatrização total, sem reincidência,
nas próximas fases da pesquisa, porém só a primeira fase já nos mostrou um
potencial na eficácia do produto, com os
dados apresentados”, disse o pesquisador.
Parceria
Conforme Cleomir, eles
estão acertando uma parceria com uma empresa que deve certificar o produto e
registrá-lo junto à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). Para o
pesquisador, em menos de sete meses o processo de certificação já estará
concluído, e eles terão a matéria-prima para realizar as primeiras unidades
voltadas para as unidade do Sistema Único de Saúde (SUS).
A ideia de Cleomir é que
todos os pacientes que tenha uma lesão, úlcera de diabetes ou que tenham as
feridas nos pés - consideradas as mais difíceis de cicatrização - possam ser os
primeiros a receberem o tratamento com o gel de gengibre amargo.
A Cessão de Tempo foi
requerida pelo presidente da ALE-AM, o deputado Josué Neto (PSD). Para o
deputado, a partir de pesquisas e da empregabilidade dessas pesquisas teremos a
noção da existência da cura de doenças que tanto circulam na sociedade. “A
ideia é de divulgar esse trabalho para que a população tenha o acesso e os
órgãos e instituições do Estado possam apoiar trabalhos de interesse social”,
disse.
Aprovado
O gel de gengibre amargo
também tem se mostrado eficaz no tratamento de câncer, por sua capacidade de
bloquear o desenvolvimento de células cancerígenas.
Dedicação
Carlos Cleomir de Souza é
farmacêutico e bioquímico de profissão e há 43 anos vem dedicando diariamente
seus dias em pesquisas pelo Instituto Nacional de Pesquisa da Amazônia (INPA).
Fonte/Foto:
Isabelle Valois – acrítica.uol.com.br/Antonio Lima
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