A ORIGEM DO FESTIVAL DA PESCA AO TUCUNARÉ, EM NHAMUNDÁ-AM
- por Lison Costa (*)
As origens do Festival da
Pesca ao Tucunaré no município de Nhamundá, no Amazonas, remontam à década de
oitenta, ainda no mandato do prefeito Paulo Castro de Albuquerque, que
procurava manter vivas as tradições festivas e culturais, bem como a criação de
novos eventos comemorativos em Nhamundá.
Conta-se que o seu pai, o
senhor Pedro Macedo de Albuquerque, por sinal o primeiro prefeito nomeado de
Nhamundá, tinha como hobby a pesca amadora; para tanto, de quando em quando,
convidava os amigos para praticar a pesca de currico às margens do saudoso alto
rio Nhamundá, o que sobremaneira influenciou outros moradores da sede municipal
a enveredar pela prática da pesca esportiva.
Assim, iniciava-se na
Região uma nova modalidade de pesca; desta vez, ganhando mais admiradores que nos
idos de oitenta; alguns funcionários públicos municipais passaram a sugerir a
criação de um evento focado na pesca ao tucunaré. Foi nesse período que o irmão
do prefeito Paulo Albuquerque, o senhor Antônio Albuquerque, mais conhecido
carinhosamente como “Tony”, começou a reivindicar junto ao irmão a criação de
um evento, que, no ano de 1983, passou a ser chamado de Festa da Pesca ao
Tucunaré; e somente a partir da década de noventa recebeu o título de Festival
da Pesca ao Tucunaré.
Dentre muitos colaboradores
para a genial criação do evento, alguns tiveram um papel de grande relevância,
com destaque ao professor Nelson Brelaz e Ataliba Teles Briglia, além do jovem
Francisco Augusto, funcionário do extinto Banco do Estado do Amazonas – BEA –,
agência de Nhamundá.
Com certeza, os criadores
do evento, Antônio Albuquerque, Nelson Brelaz, Pedro Macedo, Ataliba Briglia,
Francisco Augusto e o prefeito Paulo Albuquerque tiveram que superar muitos
obstáculos para a realização da primeira festa, que se deu na Praia da
Liberdade, em um pequeno palco construído em madeira de lei.
Antes, a competição da
pesca chamava-se torneio; e o 1.o Torneio de Pesca ao Tucunaré foi vencido pela
equipe “ESTURDE”, que era composta pelos seguintes membros: Ataliba Briglia,
Francisco Augusto e um compadre de Ataliba, chamado de Dilcinho.
O prêmio do primeiro ano
da festa foi uma canoa com 25 palmos de comprimento, ou aproximadamente 6m,
denominada de Tucunaré I.
O senhor Pedro Macedo
comandou a segurança, pois, além de ser coronel da polícia militar, era o
delegado de polícia do município.
O professor Nelson Brelaz
tomou conta da função de divulgação e de animação de palco.
O professor Francisco
Santos, que acumulava o cargo de técnico agropecuário na extinta EMATER-AM e
que atualmente é advogado do quadro da Manaus Energia, e o professor Augusto
Laércio Sampaio de Andrade comandaram as disputas esportivas.
As equipes saíam para a
pesca às 6h e só podiam ir até a serra do Matió, devendo retornar às 12h.
Os prêmios do evento eram
para as seguintes categorias:
Maior tucunaré;
Menor tucunaré;
Maior quantidade;
E menor quantidade.
Só valiam peixes fisgados
de currico.
Nossas felicitações a
todos os cidadãos acima e aos demais nhamundaenses que contribuíram direta e
indiretamente para a criação de tão importante evento, que a cada dia vem
conquistando mais e mais admiradores tornando-se um dos maiores festivais de
pesca do Estado do Amazonas!
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(*) Trechos do livro
“Jamundás: dos Waboy até o século 21”
Pág. 136,137,138.
Autor: Lison Costa
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