TERRA SANTA-PA: POR TENTAR SUBORNAR PMS, VEREADOR DO PT PERDE O MANDATO, E ESTÁ FORAGIDO



Um político do município de Terra Santa, no oeste do Pará, teve os seus direitos políticos suspensos (por ter sido condenado criminalmente), perdeu o mandato na Câmara de Vereadores, e, com prisão decretada, desapareceu. Assumiu, agora, a condição de foragido. A informação foi veiculada na nova edição do jornal Tapajós Agora, nas bancas desde sábado (16).

Marivaldo Cardoso Siqueira [foto], 39 anos, foi condenado pelo crime de corrupção ativa (tentativa de suborno) a quatro anos de prisão, em regime semiaberto, e mais 30 dias de multa. Crime ocorrido em junho de 2004.

Como a sentença já transitou em julgado (não cabe mais recursos), o juiz Cláudio Berardo, de Terra Santa, expediu mandado de prisão do vereador no mês passado (dia 25). Desde então, ele está desaparecido.

Outro crime

Abelha também foi condenado por furto (duas toneladas de cobre e alumínio, subtraídas da Mineração Rio do Norte). Mas no TJ (Tribunal de Justiça) do Pará, em Belém, a defesa dele conseguiu anular a sentença desse crime, por prescrição. Se não fosse por isso, a pena total do vereador pelos dois crimes seria de seis anos de prisão e mais 60 dias de multa.

Semana passada, por ato da Mesa Diretora da Câmara de Vereadores de Terra Santa, presidida por Jorge Picanço (PTB), foi declarado extinto o mandato de Abelha, “com base no Regimento Interno da Casa, Lei Orgânica do Município e o artigo 15 da Constituição Federal”, explicou Picanço ao jornal Tapajós Agora.

No último dia 11, um decreto legislativo publicado no DOE (Diário Oficial do Estado do Pará) oficializou a extinção do mandato do vereador do PT, eleito em 2012 com 509 votos – o quarto mais votado do município. Quem assumiu a vaga dele foi o 1º suplente de vereador Milenildo Freitas, que tomou posse do cargo ontem à noite (14).

Receptação

Abelha foi condenado devido uma ação penal ajuizada pelo MP (Ministério Público) do Pará em julho de 2004, pelos crimes de receptação de furto e tentativa de suborno (corrupção ativa). Ele adquiriu cerca de duas toneladas de cobre e alumínio furtadas da Mineração Rio do Norte, em Porto Trombetas (Oriximiná).

Quando essa mercadoria foi encontrada em Terra Santa em uma embarcação (b/m Capitão Rodrigues) por três policiais da PM (Polícia Militar), Abelha não só se disse proprietário dela como também tentou subornar os militares, oferecendo-os dinheiro em troca do relaxamento do flagrante.

Ao receber voz de prisão, o vereador tentou fugir, mas foi detido pelos PMs. Interrogado, Abelha confessou ter conhecimento que o cobre e o alumínio pertenciam à mineradora. Pagou fiança e obteve liberdade provisória.

Sentença

À Justiça, o petista mudou a sua versão. Negou os crimes, inclusive a tentativa de suborno. Em maio de 2009, o juiz à época, Wilson Corrêa, proferiu a sentença de seis anos pelos dois crimes – dois anos de prisão e 30 dias de multa pela receptação de furto, e quatro anos de prisão e 30 dias de multa por corrupção passiva.

A defesa de Abelha recorreu da sentença junto ao TJ, que manteve a decisão parcialmente, excluindo o crime de receptação de furto por prescrição, ou seja, a Justiça perdeu o prazo de condená-lo, que é de quatro anos. O parlamentar recorreu ainda ao STJ (Superior Tribunal de Justiça), mas a sentença foi mantida.

Fonte/Foto: jesocarneiro.com.br

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