PIPAS CAUSAM MAIS DE 2 MIL OCORRÊNCIAS DE FALTA DE ENERGIA NO PARÁ
No mês de julho, Belém e Abaetetuba foram os
municípios em que mais houve registros de interrupções causadas pela
‘brincadeira’
A Celpa divulgou os dados sobre as interrupções do
fornecimento de energia elétrica em função de pipas na rede no mês de julho. No
período, foram registrados 2046 casos de falta de energia em todo o estado do
Pará, em decorrência de ‘papagaios’ na fiação. O aumento contabilizado é de
15,7% em relação a mesma temporada de férias escolares do ano passado.
Esse tipo de ocorrência coloca a capital paraense
no topo do ranking. No total, foram 465 interrupções em Belém por conta das
pipas no mês de julho. Um aumento em torno de 30% sobre o mesmo período do ano
passado. O segundo lugar, fica para o município de Abaetetuba, que contabilizou
mais de 150 ocorrências neste ano, contra um número de 27 no ano passado. Isso
significa um impressionante aumento de 460% na quantidade de ocorrências no
município.
O
gerente da área de Manutenção da Celpa, Kleber Barros, destaca que mesmo a
concessionária atuando com medidas preventivas ao longo do ano, é necessário
que a população esteja sensibilizada com o assunto. “Esse tipo de ocorrência
abala todo o sistema e deixa uma série de cidadãos penalizados pela falta de
energia. Além disso, a ‘brincadeira’ pode ser fatal, já que estão utilizando
variações de cerol com maior poder de corte, podendo provocar até o rompimento
do condutor de energia. Portanto, é essencial que as pessoas sigam as dicas de
segurança e não soltem pipas próximo a fiação elétrica”, diz o gerente.
A
concessionária ainda destaca que em 2014, juntando os meses de janeiro, junho e
julho, época de férias escolares, o número de interrupções motivadas por pipas
na rede chegou a ser de 3372 ocorrências, quanto que em 2015, nesses mesmos
meses, o número subiu para 3881. Um aumento de 15%, num comparativo com 2014 e
que pode significar milhares de pessoas sem energia por conta da atividade.
Por outro lado, o município de Santarém, localizado
no oeste paraense, se destaca pela redução desses indicadores negativos. Em
julho deste ano, a Celpa registrou na cidade cerca de 148 interrupções. No ano
passado esse número ficou em torno de 300. Houve uma queda de mais de 50% nas
ocorrências.
As pipas que
ficam enroscadas nos cabos também representam custos para a concessionária. A
empresa já contabilizou gastos de mais de 150 mil reais com ações de reparos
para retirada das pipas da fiação, um valor que poderia ser investido em outras
ações de melhoria do sistema elétrico do estado.
SEGURANÇA
- A concessionária alerta também para o cerol (mistura de cola com vidro
moído, em alguns casos até com pó de ferro), que pode potencializar os perigos.
O produto é ilegal, mas ainda assim utilizado para dar maior força de corte à
linha. A linha da pipa com cerol, ao entrar em contato com a fiação
elétrica, pode provocar um curto-circuito ou até mesmo um acidente
fatal.
O
executivo da área de Segurança da Celpa, Alex Fernandes, explica que para os
próximos períodos de férias a população deve seguir à risca as dicas de
segurança com a rede. “As pipas engatadas na fiação elétrica jamais devem ser
puxadas, pois o contato de cabo com o outro pode causar curto-circuito e
descargas elétricas, podendo levar o cidadão a morte. Jamais devem ser
utilizados Barras de ferro, trilhos de cortina, pedaços de madeira e outros
materiais que são condutores de eletricidade, para retirar as pipas dos
fios. Seguindo essas orientações é possível evitar diversos prejuízos”,
finaliza o executivo.
Fonte: Assessoria de Imprensa-
Celpa
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