CIENTISTA BRITÂNICO PREVÊ O FIM DA AMAZÔNIA PARA O ANO DE 2260
Geógrafo Mark Mulligan usou
ferramenta de mapeamento de serviços ecossistêmicos chamada Co$ting Nature
MANAUS
- Ao aplicar um modelo de desmatamento com base nas taxas históricas e em
áreas protegidas nas quais a fiscalização é ineficiente, um pesquisador
britânico chegou a uma conclusão aterradora: restam pouco mais de dois séculos
de vida à Amazônia. Após esse período (245 anos, para ser exato), a clássica
imagem do tapete verde formado pela copa das árvores – assim como a imensurável
biodiversidade – será apenas uma memória registrada em vídeos e fotos. A
floresta, que foi formada ao longo de 50 milhões de anos, vai desaparecer.
Como
se não bastasse, há outra constatação preocupante e muito mais imediata. Bem
antes de seu fim, a floresta tropical pode deixar de prestar os serviços
ecossistêmicos que ajudam a manter a vida no planeta, tais como o sequestro e o
armazenamento do carbono (atuantes na regulação do clima), a oferta de água, o
controle da erosão e outros. Mas como o geógrafo Mark Mulligan, do King's
College de Londres, na Inglaterra, chegou a estas conclusões?
Mark,
que trabalha na América Latina desde o início dos anos 1990, é um dos criadores
de uma ferramenta de mapeamento de serviços ecossistêmicos chamada Co$ting
Nature (em português, algo como “Valorando a Natureza''). A ferramenta
online agrega camadas de dados espaciais nos contextos biofísico e
sócio-econômico, além de biodiversidade, serviços ecossistêmicos, pressão
antrópica e futuras ameaças. “Ela executa uma espécie de contabilidade do
capital natural e calcula as prioridades de conservação de cada um quilômetro
de pixel em uma escala global ou regional'', explica Mark.
A
ferramenta, que é um recurso técnico valioso usado por pesquisadores em mais de
1000 organizações em 141 países, já foi aplicada em escala local e nacional em
muitos lugares do mundo. Um dos exemplos é o do povoamento colombiano de
Gramalote – talvez o primeiro caso no mundo em que uma cidade é inteiramente
planejada do zero a partir de critérios de capital natural, tendo o suporte
tecnológico de ferramentas como Co$sting Nature.
A
reportagem completa, realizada pela equipe do InfoAmazonia, conta com dados e
visualizações exclusivas e pode ser acompanhada no endereço: www.costingnature.infoamazonia.org
Fonte/Imagem: Portal Amazônia
Nenhum comentário:
Postar um comentário