CHEGOU A HORA DE VOLTAR PARA A SALA DE AULAS
Quem não descansou nas
férias, não descansa mais. Com a retomada do ano letivo na rede pública e
particular de ensino a partir de hoje, as escolas devem correr contra o tempo
para conseguir cumprir o calendário de 200 dias previsto pela legislação.
Os estudantes do ensino
médio, em especial os que se submeterão ao Exame Nacional do Ensino Médio
(Enem), que será realizado nos dias 24 e 25 de outubro, além de outros
processos seletivos que dão acesso ao ensino superior, já se preparam para a
verdadeira maratona que devem enfrentar até o final do ano, com aulas inclusive
aos finais de semana.
Iolanda Lobato, de 19
anos, admite que espera muito mais rigor e cobrança nesse “segundo tempo” do
terceiro ano do ensino médio. “Fica mais pesado, porque é a hora de também
revisar o conteúdo do vestibular. Serão 2 meses só nesse processo. Dá medo
porque é pouco tempo e vai passar rápido”.
Ela que estuda em colégio
particular, já tinha aulas aos sábados. Agora, passará também a ter de
frequentar a sala de aula aos domingos. “É uma luta, tem momento que parece que
a gente vai explodir com tanta coisa na cabeça e tem muita cobrança também”,
diz ela, que deve tentar uma vaga para o curso de Direito.
Gabriela Martins, de 17
anos, quer entrar no concorrido curso de Odontologia ofertado pela Universidade
Federal do Pará (UFPA). Ela também vai encarar uma jornada parecida com a de
Iolanda. “O que muda nesse segundo semestre é que agora terei aulas de manhã e
de tarde todos os dias. Antes isso só ocorria duas vezes por semana. E dia de
sábado, quando não tem aula, tem prova”, enumera.
ROTINA
A intensificação da rotina
dos estudos não deve chegar como um “baque” no dia a dia da estudante, já que
nem nas férias escolares ela deixou de se dedicar ao conteúdo do vestibular.
“Fiz dez dias de curso de férias no início do mês e não deixei de estudar,
então acho que não vou sentir tanto quando as aulas voltarem”, afirma a
vestibulanda, também aluna da rede particular de ensino.
Ian Chaves, também de 19
anos, é um dos atingidos pela mais recente greve dos professores da rede
estadual de ensino, que durou três meses. Ele se diz preocupado com o efeito
disso na hora em que for fazer o Enem e outros vestibulares no final do
semestre.
O estudante aproveitou o
final das férias fora de Belém, já que não sabe o dia exato em que voltam as
aulas na Escola Estadual Alexandre Zacarias de Assunção, no bairro do Guamá,
onde ele estuda. A escola só terminou o primeiro semestre no início do mês das
férias escolares. “Tenho expectativas boas para essa volta, mas me falaram que
a escola entrou em reforma, então nem sei se as aulas voltam mesmo amanhã
(hoje)”.
Segundo o estudante, pode
ser que não haja reposição de aulas aos sábados porque há um impasse entre o
Governo do Estado e professores nessa questão, o que pode ser um problema na
hora de fechar os 200 dias letivos. “Houve uma reunião na minha escola e
disseram que não haverá reposição se o Governo não pagar o que deve aos
professores. Essa greve prejudicou bastante, principalmente quem está no último
ano, como é o meu caso”, lamenta ele, que deve buscar uma vaga para Jornalismo.
Fonte/Foto: Diário
do Pará/Agência Pará


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