AMAZÔNIA UNE EXÉRCITO E CIÊNCIA
Pesquisadores poderão utilizar quartéis da Amazônia
como base
Presente na Amazônia desde
o século 17, o Exército Brasileiro aceitou abrir as portas de seus quarteis e
pelotões incrustados na mata para cientistas estudarem o bioma em um projeto
inédito.
A iniciativa integra o
programa Pró-Amazônia, do Comando Militar da Amazônia (CMA), localizado em
Manaus.
Soldados do CMA vão
prestar apoio logístico a cientistas, mobilizando mais de 30 unidades
militares, entre companhias, batalhões e destacamentos. O foco são os mais de
11 mil quilômetros de fronteira, que concentram 24 pelotões. O programa deve
sair do papel neste ano.
O comando militar
pretende, ainda, montar um laboratório permanente de pesquisas em cada PEF
(Pelotão Especial de Fronteira).
Instituições de ensino,
como USP (Universidade de São Paulo), UFMG (Universidade Federal de Minas
Gerais) e UFRJ (Universidade Federal do Rio e Janeiro) já sinalizaram interesse
e apoio ao projeto.
ESPÉCIES
"Há muitas espécies
de animais, plantas, peixes e outros ganhos científicos a serem descobertos na
Amazônia Ocidental. O problema é ter acesso a essas áreas mais remotas",
diz Carlos Bueno, pesquisador do Inpa (Instituto Nacional de Pesquisas da
Amazônia), órgão que participa da iniciativa.
Os gastos deverão partir,
principalmente, do Ministério da Defesa, mas o programa busca outros apoios. Ao
todo, 26 instituições confirmaram participação.
"Queremos que os
cientistas brasileiros pesquisem a nossa Amazônia com o apoio dos Pelotões de
Fronteira, em parceria com a Força Aérea e a Marinha, que proverão todo o apoio
logístico aos cientistas, levando a um maior conhecimento sobre a
Amazônia", afirma o general Guilherme Theophilo, comandante do CMA e um
dos idealizadores do projeto.
Temas e objetos de estudos
voltados para as comunidades locais serão prioridade para as pesquisas – formas
de obtenção de água e energia renovável, por exemplo.
Fonte/Foto:
Lucas Silva – folha.uol.com.br/Arquivo


Nenhum comentário:
Postar um comentário