116 MILHÕES PARA A AMAZÔNIA
O Parque Nacional do
Jamaxim, no Pará, é uma das UCs apoiadas pelo Arpa
Na manhã desta quarta-feira (19/8), o governo da Alemanha confirmou a doação de R$ 116 milhões (cerca de 31,7 milhões de euros) para o Fundo de Transição do Arpa – Áreas Protegidas da Amazônia, considerado o maior programa de conservação de florestas tropicais do mundo. O valor doado fará parte dos 215 milhões de dólares que compõem o Fundo, e que vai contribuir para a conservação de 60 milhões de hectares da Amazônia, uma área do tamanho da França.
Na manhã desta quarta-feira (19/8), o governo da Alemanha confirmou a doação de R$ 116 milhões (cerca de 31,7 milhões de euros) para o Fundo de Transição do Arpa – Áreas Protegidas da Amazônia, considerado o maior programa de conservação de florestas tropicais do mundo. O valor doado fará parte dos 215 milhões de dólares que compõem o Fundo, e que vai contribuir para a conservação de 60 milhões de hectares da Amazônia, uma área do tamanho da França.
O
acordo foi feito na abertura da Conferência Florestas, Clima e Biodiversidade,
organizada pelo Ministério do Meio Ambiente (MMA) em parceria com o governo
alemão, em Brasília (DF). Na ocasião, foram firmados outros acordos de
cooperação para a conservação florestal e a regularização ambiental de imóveis
rurais na Amazônia e em áreas de transição do Cerrado. No total serão
investidos cerca de R$ 200 milhões no Brasil.
A
ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, celebrou a histórica parceria de
20 anos dos dois países na conservação da biodiversidade brasileira. “A relação
bilateral deu início com o investimento em programas de redução do desmatamento
da Amazônia como o PPG7 e o PPCDAm até chegarmos ao Arpa. Hoje estamos num novo
patamar e sabemos que o investimento alemão fez toda a diferença. Isso vai
contribuir fortemente para estabelecermos nossas metas de clima rumo à COP de
Paris, em dezembro”, explicou.
O
WWF, como um dos parceiros do Arpa, tem dado suporte financeiro e técnico nos
processos de gestão e monitoramento das unidades de conservação (UCs) da
Amazônia. “O Fundo é um modelo de financiamento inovador. A ferramenta vai
assegurar até 2039 a alocação de recursos financeiros para a gestão das UCs
apoiadas pelo Programa, aliando a conservação e a promoção do desenvolvimento
socioeconômico regional”, avalia Marco Lentini, coordenador do Programa
Amazônia do WWF-Brasil.
O
financiamento sustentável das UCS do Arpa só será possível por meio do aumento
gradativo de recursos públicos para gestão e manejo destas áreas, sendo que,
após 25 anos, o Governo assumirá 100% do custeio de manutenção destas Unidades.
Sobre o Arpa
O
Arpa é um programa do governo federal, coordenado pelo MMA, criado em 2002,
considerado o maior programa de conservação de florestas tropicais do mundo.
Atualmente, o Arpa protege 105 unidades de conservação (UCs) na Amazônia
brasileira, que representam 58 milhões de hectares, com a perspectiva de
alcançar 60 milhões em breve. Foi criado com o objetivo de expandir e
fortalecer o Sistema Nacional de Unidades de Conservação (SNUC) na Amazônia,
além de assegurar recursos financeiros para a gestão destas áreas, a curto e
longo prazo e promover o desenvolvimento sustentável da região.
Reconhecido
internacionalmente, o Arpa combina biologia da conservação com as melhores
práticas de planejamento e gestão. As unidades de conservação apoiadas pelo
programa são beneficiadas com bens, obras e contratação de serviços necessários
para a realização de atividades de integração com as comunidades de entorno,
formação de conselhos, planos de manejo, levantamentos fundiários, fiscalização
e outras ações necessárias ao seu bom funcionamento.
São
parceiros do Programa o Ministério para a Cooperação e Desenvolvimento Alemão
(BMZ), o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), o Funbio, a Fundação
Gordon e Betty Moore, o WWF-Brasil, o WWF Estados Unidos, o Fundo Amazônia, a
fundação Margaret A. Cargill e o Global Environment Facility (GEF), e os
governos estaduais do Acre, Amapá, Amazonas, Mato Grosso, Rondônia, Pará,
Tocantins, e o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade
(ICMBio). (WWF Brasil/ #Envolverde)
* Publicado originalmente no site WWF Brasil.
Fonte/Fotos:
Juliana Guarexick – envolverde.com.br/ICMBio – Elza Fiúza
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