PROGRAMA FANTÁSTICO, DA GLOBO, EXIBIU REPORTAGEM SOBRE ASSASSINATOS EM SÉRIE, EM MANAUS
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| Investigação apura 37 mortes em três dias na cidade de Manaus. |
O programa Fantástico, da
Rede Globo, divulgou, neste domingo (26), reportagem sobre os assassinatos em
série ocorridos em Manaus entre os dias 17 e 20 deste mês. Foram 36 homicídios.
Na matéria feita pela jornalista Cristina Serra, uma fonte ouvida pela
reportagem, que não foi identificada, disse que os assassinatos foram
praticados por policiais.
“Toda vez que é morto um
policial militar, eles se reúnem (grupo de extermínio a PM) e saem matando
pessoas para vingar a morte do policial militar. São de cinco a seis grupos de
policiais militares. Na hora dos homicídios, as viaturas não passam nos locais
onde ocorrerão as mortes. Eles geralmente matam traficantes, homicidas, mas dessa
vez quem estava na frente deles, eles saíram matando”, afirma a fonte da
reportagem. Questionado sobre se enxerga solução para esse problema, o
entrevistado se mostra cético. " Uma investigação profunda e imparcial.
Coisa difícil aqui no Amazonas", declara.
O comandante da Polícia
Militar (PM), coronel Gilberto Gouvea, por outro lado, negou que membros da
corporação estejam envolvidos na série de homicídios. “Eu não acredito em grupo
de extermínio na Polícia do Amazonas. É uma polícia que presta excelentes
serviços à sociedade”, afirmou. Ao ser perguntado pela jornalista Cristina
Serra sobre o motivo da PM não ter sido capaz de conter as mortes, o coronel
apenas lamentou. "Infelizmente, esse é um fato que nunca ocorreu na
história do nosso estado. Os homicídios ocorreram em locais conhecidamente de
consumo e tráfico de drogas", afirmou.
Já o secretário de
Segurança, Sérgio Fontes, disse que 70% dos crimes têm características de
execução e podem estar ligados ao tráfico de drogas. Ele afirmou que há a hipótese
de ter sido uma retaliação pela morte do sargento Afonso Camacho Dias, durante
um assalto em uma agência bancária. Sobre quem poderiam ser os responsáveis
pela autoria dos assassinatos, Fontes optou pela precaução. "(A série de
crimes) Mostra uma briga de facções criminosas por disputa por narcotráfico ou
um grupo de extermínio que eventualmente possa estar instalado nas forças
policiais", disse.
A reportagem ainda ouviu o
presidente da Comissão dos Direitos Humanos da OAB/AM, Epitácio Almeida, que
afirmou cobrou punição aos culpados pelas mortes, e a mãe de Josenílson Dias,
um dos 36 mortos. "Eu não sei quem foi que fez isso com meu filho, mas eu
entrego na mão de Deus", afirmou dona Maria Auxiliadora.
Fonte/Foto: Redação
/ portal@d24am.com/Danilo
Alves


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