JADER: TUDO OU NADA
- por Lúcio Flávio Pinto (*)
A permanência do filho no
ministério levou o senador Jader Barbalho a se apresentar como guerreiro contra
o presidente da Câmara Federal, que é seu correligionário de PMDB. Jader vem
fustigando Cunha porque ele vem fustigando Dilma, de cuja caneta depende a
manutenção de Helder Barbalho no ministério da pesca e da aquicultura, sua
melhor posição para visar a candidatura a governador, em 2018.
Além de trabalhar pelos
bastidores do Congresso Nacional, sua maior especialidade no local, Jader vem
ousando em pronunciamentos públicos, que até recentemente evitava. Talvez
porque a pressão para a redução dos ministérios, que somam 39, e
especificamente sobre seu filho, o obriguem a ir além dos limites mais
prudentes.
Apesar das espicaçadas e
dos ataques frontais, sempre irônicos e sugerindo atos nebulosos ou suspeitos,
o voraz Eduardo Cunha não tem dado o troco – ainda. Mas certamente está
juntando munição. Para Jader, depois de 42 anos de carreira política, não
parece haver mais alternativa: é tudo ou nada. Em Brasília como em Belém.
(*) Lúcio
Flávio Pinto é jornalista
profissional desde 1966. Percorreu as redações de algumas das principais
publicações da imprensa brasileira. Durante 18 anos foi repórter em O Estado de
S. Paulo. Em 1988 deixou a grande imprensa. Dedicou-se ao Jornal Pessoal,
newsletter quinzenal que escreve sozinho desde 1987, baseada em Belém.


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