FOTOS DE ESTUDANTES GERAM POLÊMICA EM PARINTINS-AM



Gestora aciona Ministério Público para atuar no caso
Esta semana fotos publicadas por alunas da escola estadual Brandão de Amorim causaram polêmica nas redes sociais. O fato chamou atenção pela ousadia de duas menores que mostraram momentos de intimidade em plena sala de aula. As fotografias percorreram diversos aplicativos da internet e chegou ao conhecimento da direção da escola que acionou a Promotoria de Justiça de Parintins para atuar no caso.
Com a farda da escola, as duas estudantes (16 e 17 anos) estavam em sala de aula quando tiraram fotos enquanto trocavam carinho. Foram publicadas quatro fotografias no facebook com ajuda de mais dois alunos que também foram citados no processo. O registro percorreu as redes sociais e gerou discussão, críticas e muita repercussão na sociedade.
A grande maioria dos comentários na internet criticava a ação das meninas. “Desrespeito foi uma das palavras mais usadas para julgar o ato, uma vez que, segundo os posts as alunas deveriam respeitar o local e a farda que vestiam. Não se trata de homofobia, mas tudo tem sua hora e local”, dizia um dos comentários.
Segundo a conselheira tutelar, Nilciara Barbosa, o fato inusitado deve ser tratado com cuidado, uma vez que não se pode divulgar nomes e nem imagens de pessoas menor de 18 anos. Ele orientou a direção da escola a tomar providências judiciais para cuidar do caso. “A promotoria tem que tomar ciência dos fatos. Segundo o estatuto não pode ser divulgada situações como essas. Apesar delas mesmo terem divulgado”, informa.
O fato tem referência no Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), no artigo 247 §1º “incorre na mesma pena quem exibe, total ou parcialmente, fotografia de criança ou adolescente envolvido em ato infracional, ou qualquer ilustração que lhe diga respeito ou se refira a atos que lhe sejam atribuídos, de forma a permitir sua identificação, direta ou indireta”. Neste caso, as penalidades ao ato podem ser atribuídas aos responsáveis pelas menores.
Assim que teve conhecimento do fato, a gestora da escola, Maria de Nazaré Moreira, acionou o Conselho Tutelar e reuniu com os professores para deliberarem. Ela conta que o educandário foi bombardeado por pedidos de informação e providências. “A escola não pode ser colocada dessa forma escandalizada nas redes sociais. Foi algo muito desagradável pra nós. O telefone não parava de tocar, pais não paravam de vir aqui, justamente cobrando da instituição uma nota pelo menos por conta das imagens que estavam sendo divulgadas”, revela.
Maria de Nazaré afirma que a direção da escola está proibindo algum tipo de relacionamento entre as pessoas, somente pede que se respeite a farda, a instituição. Segundo ela, pelo momento as alunas não receberão sansão escolar, uma vez que irão aguardar posicionamento da justiça. “Nós já estamos encaminhado ao Ministério Público e vamos aguardar quais são as decisões que vamos tomar dentro da escola de acordo com o que diz o nosso regimento interno, em consonância com o Conselho Escolar”, informa a gestora.

Fonte/Foto: Eldiney Alcântara, especial Para Repórter Parintins/Divulgação

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