PRORROGAÇÃO DE INCENTIVOS FISCAIS BENEFICIA INDÚSTRIAS PARAENSES
A aprovação dos projetos
de lei que alteram a legislação em vigor sobre os incentivos fiscais no Pará
deve fomentar os investimentos das indústrias instaladas no estado, tal como
atrair novos empreendimentos. Entre as medidas aprovadas pela Assembleia
Legislativa (ALEPA), está prorrogação do prazo dos benefícios fiscais para um
período de até 15 anos, desde que atendidos critérios estabelecidos em
regulamento.
O pacote de mudanças
atinge as Leis 6.915, 6.914, 6.913, 6.912 e 6.489, que dispõem sobre o
tratamento tributário aplicável aos empreendimentos da agroindústria, da indústria
pecuária, das indústrias em geral, da indústria pesqueira e a política de
incentivos ao desenvolvimento socioeconômico do Pará. A Elaboração dos projetos
com o novo conceito dos critérios de concessão de incentivos fiscais foi
resultado de inúmeras reuniões com o setor produtivo representado pelas
Federações e, em seguida, com a Secretaria de Estado de Fazenda (Sefa) e
Procuradoria Geral do Estado (PGE).
Fábio Vasconcelos, Diretor
Comercial e de Novos Negócios do Estaleiro Rio Maguari, diz que essa iniciativa
do Governo dá tranqüilidade para a realização de novos investimentos. “É uma
iniciativa louvável, que nos dá segurança para investir em projetos de longo
prazo. Com os incentivos, os empresários podem trabalhar com mais
tranqüilidade, sobretudo nesse período de crise, e assim todos saem ganhando”,
comenta Vasconcelos..
Mineradora que atua com
caulim no Pará, a Imerys também comemora a aprovação dos projetos, afirmando
que contribui para o aumento da competitividade das indústrias locais no mercado
interno e externo. “Essa redução da carga tributária significa reduzir direta e
indiretamente custos na linha de produção fazendo com que nossos produtos
cheguem ao mercado com preços mais competitivos”, reforça Maurício Filho,
gerente de Relações Institucionais da Imerys.
Para o presidente do
Sistema Federação das Indústrias do Estado do Pará (FIEPA), José Conrado
Santos, que acompanhou e, junto com a assessoria técnica, contribuiu para a
construção do modelo dos projetos de lei, foi uma conquista importante para
garantir maior competitividade às indústrias do estado. “Foram longos períodos
de diálogo para contribuir na proposição do conceito dos critérios de
concessão, que vão atender as demandas tanto dos novos empreendimentos quanto
das indústrias que já estão implantadas e precisam destes incentivos fiscais
para ter fôlego e manterem-se competitivas no mercado”, comenta José Conrado
Santos.
A aprovação dos projetos é
vista como prioridade, já que 14 empresas tiveram o benefício expirado e outras
23 vencem até 2017. Segundo o presidente da ALEPA, deputado Márcio Miranda, a
capacidade de diálogo foi um fator fundamental para garantir a aprovação dos
projetos. "Não foram apenas os cinco projetos de incentivos fiscais. Os
deputados apreciaram e aprovaram 54 projetos de lei. Eu diria que tivemos 95%
de consenso e o resultado é a aprovação depois de muito esforço e
negociação", diz.
“Essa medida visa permitir
que empresas que venham a se instalar, em nossa região, tenham prazo suficiente
para tornar vantajoso seus investimentos e, para as que já se encontram
instaladas, possam aportar novos investimentos para modernização,
diversificação, ampliação e verticalização de sua produção”, complementa o
Secretário de Estado de Desenvolvimento Econômico, Mineração e Energia
(Sedeme), Adnan Demachki, que coordenou a elaboração dos projetos.
A mesma opinião é
compartilhada pelo deputado estadual e presidente da Frente Parlamentar de
Apoio ao Desenvolvimento Sustentável, Sidney Rosa. Para ele, a aprovação é uma
conquista para o estado.
“Empreendimentos que se transformem em qualidade de vida, renda e
emprego para a população devem, sem dúvida alguma, serem atraídos. Com esses
incentivos, estamos buscando melhorias concretas para a nossa população, com
geração de emprego e renda”, destaca.
Fonte:
Fernando Gomes
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