PARÁ COMEMORA AVANÇOS NO DIA MUNDIAL DO MEIO AMBIENTE
Passados
43 anos da Conferência das Nações Unidas Sobre o Meio Ambiente Humano, em
Estocolmo, na Suécia, que teve como principal objetivo conscientizar a
sociedade para os problemas ambientais e para a importância da preservação
dos recursos naturais, que até então eram considerados, por muitos,
inesgotáveis, o assunto ainda é uma das principais pautas de discussões sobre o
modelo de desenvolvimento socioeconômico de diversos países, sobretudo no
Brasil, que guarda o maior bioma do mundo: a Amazônia.
No
Pará, segundo maior estado da Amazônia Brasileira, o assunto foi tema
de diversas programações ao longo da semana, especialmente nesta
sexta-feira, 5, quando se comemora oficialmente o Dia Mundial do Meio Ambiente.
Para o adjunto de Gestão e Regularidade Ambiental da Secretaria de Meio
Ambiente e Sustentabilidade do Pará, Thales Samuel Matos, a data tem um duplo
papel. Além de chamar a atenção da sociedade, o momento é propício para a
reflexão e avaliação dos caminhos traçados para a preservação.
“Há
um avanço muito grande no que diz respeito ao monitoramento e
à fiscalização das áreas florestais, sobretudo nos últimos anos, com a
implantação de novas ferramentas. Diferente do que acontecia antes, hoje
conseguimos, por exemplo, monitorar diariamente toda a rota de um produto na
cadeia florestal, desde a sua entrada até a liberação para venda. E isso
precisa ser comemorado e destacado, porque nos permite conhecer melhor nossas
reservas naturais e também nos dá suporte para aplicar as penalidades,
quando necessário”, avalia.
Entre
as ferramentas destacadas pelo secretário, além da aquisição e implantação do
sistema de monitoramento da cadeia florestal, está a adoção e o aperfeiçoamento
dos dados coletados na sala de monitoramento, instalada na sede da Semas, em
Belém. De lá, em parceria com os municípios, são emitidos relatórios diários
sobre os níveis de desmatamento e do impacto ambiental das principais
atividades extrativistas no território paraense, com base em imagens de
satélite. As atividades mineradora e madeireira ainda são as que causam o maior
impacto”, ressalta Thales Matos.
A
diferença entre as duas atividades, entretanto, está na regularização das
empresas. “A atividade minerária, apesar de uma das mais impactantes em termos
de degradação, geralmente é regularizada e mantida por grandes grupos
empresariais. Existe uma fiscalização já consolidada, tanto pelos órgãos,
quanto pela própria sociedade. Já na indústria madeireira, as irregularidades
são mais frequentes”, observa o secretário adjunto, acrescentando que, caso
seja detectado algum desvio, é dever do órgão aplicar as penalidades. “Daí a
importância desses relatórios, como forma de nos subsidiar nesse processo”.
Além
da questão da regularização, a secretaria também é responsável pela gestão
ambiental das áreas estaduais. Para isto, a pasta ainda congrega a secretaria
adjunta de Recursos Hídricos e se vincula ao Instituto de Desenvolvimento
Florestal e da Biodiversidade do Estado do Pará (IdeflorBio), responsável pelas
áreas protegidas e unidades de conservação, e ao Programa Municípios Verdes,
que tem como missão fortalecer as parcerias institucionais e a relação com os
municípios, sobretudo, quanto ao apoio e ao incentivo da gestão ambiental.
Desmatamento
- Em pouco mais de quatro anos, o Pará conseguiu reduzir em 39% o
desmatamento (de 3.008 km² para 1.829 km²), enquanto que a redução média na
Amazônia foi de 24% (de 6.418 km² para 4.848 km²). Como resultado do trabalho,
cinco municípios paraenses já saíram da lista do Ministério do Meio Ambiente
dos que mais desmatam a Amazônia e outros estão prestes a deixá-la. O trabalho,
encabeçado pelo Programa Munícipios Verdes, se baseia na construção de uma
ampla rede de parcerias que envolve municípios, produtores rurais,
ongs e órgãos públicos em geral, promovendo pactos contra o desmatamento.
Entre
as medidas adotadas pelo governo nos últimos anos está o ICMS Verde, criado a
partir de regras inovadoras que beneficiam os municípios que estão reduzindo o
desmatamento e que possuem maior percentual de CAR (Cadastro Ambiental Rural) e
de áreas protegidas. Em 2014, primeiro ano de repasse do incentivo, o governo
entregou mais de R$ 36 milhões aos municípios, com base em critérios
ambientais. Em 2017 serão 8% do total do repasse do ICMS, o que totalizará
cerca de 140 milhões de reais.
Atualmente,
o PMV contabiliza 105 municípios que já aderiram ao Programa, antecipando a meta
prevista para 2015. O PMV também foi aprovado junto ao Fundo Amazônia, do
Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), para a concessão
dos benefícios aos municípios contemplados pela iniciativa. O projeto
é o maior já aprovado até então pelo BNDES, no valor de R$ 82,4 milhões. Mais
informações esse e outros projetos estão disponíveis no http://municipiosverdes.com.br/
Fonte/Foto: Amanda Engelke - Secretaria
de Estado de Comunicação/Agência Pará de Noticias
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