NO PARÁ, GREVE DOS PROFESSORES DA REDE ESTADUAL COMPLETA 70 DIAS
O Tribunal de Justiça do Pará (TJPA) realizou uma
tentativa de conciliação entre o Estado e o Sintepp
A greve dos professores da
rede pública estadual completa 70 dias hoje (3) sem qualquer perspectiva de
terminar. Nesse tempo, ocorreram algumas mesas de negociação entre o governo do
Estado e o Sindicato dos Trabalhadores em Educação Públicas do Pará (Sintepp).
O Tribunal de Justiça do Pará (TJPA) realizou uma tentativa de conciliação
entre o Estado e o Sintepp, no entanto, não houve acordo. No TJPA ainda existem
duas ações em tramitação no segundo grau. Uma está relacionada à abusividade da
greve e outra sobre o desconto ou não dos dias parados.
Para também colocar um fim
à greve, no último dia 26, o Ministério Público do Estado (MPE), por meio 1ª
Promotora de Justiça de Direitos Constitucionais Fundamentais e dos Direitos
Humanos, Maria das Graças Corrêa Cunha, interviu ao encaminhar recomendações ao
Estado do Pará, por meio da Secretaria de Estado de Educação (Seduc), e ao
Sintepp. Mas ainda não houve resultado concreto para que esse quadro seja
revertido e as aulas voltem ao normal para os 700 mil alunos matriculados na
rede.
Ontem, cerca de 50
manifestantes, sobretudo ligados à diretoria do Sindicato dos Trabalhadores em
Educação Pública do Pará (Sintepp), entraram no ambiente da XIX Feira Pan
Amazônica do Livro aos gritos e com um caixão de papelão nas mãos. Eles
acessaram, por volta das 15h30, a entrada principal do Hangar Centro de
Convenções da Amazônia, em cujo hall se acham acampados desde a última segunda-feira,
sem serem impedidos pelos seguranças e guardas municipais que tomavam conta do
local.
Os professores circularam
pelos corredores do evento, gritaram e proferiram rimas ofensivas ao governo
estadual. Depois seguiram em direção à praça de alimentação do Hangar, aos
gritos. O alvoroço da categoria causou espanto em muitos visitantes da feira e
prejudicou o andamento de atividades que ocorriam no local, sobretudo, na parte
térrea do centro de convenções. Uma professora que acompanhava a visita técnica
de um grupo de estudantes do jardim de infância teve que interromper sua
explicação, por conta da gritaria dos docentes ligados ao Sintepp.
As crianças também ficaram
assustadas. O estudante Flávio Alves, de 17 anos, criticou a atitude dos
professores e considerou que eles deveriam ter bom senso. “Não é dessa forma
que as coisas são resolvidas, nem nesse lugar. Enquanto eles fazem tudo por conta
do dinheiro deles, vários estudantes estão sem aula”, declarou. Outras pessoas
filmaram a situação e riram do que estavam vendo no local.
Fonte/Foto:
ORM News/Tarso Sarraf
Nenhum comentário:
Postar um comentário