BASE DO MMA QUE FAZ SUCESSO NO MUNDO, JIU-JÍTSU AMAZONENSE LUTA POR RECONHECIMENTO
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Orley Passos, William Couto e Marcelinho Medeiros lutam dentro e fora dos tatames por patrocínio |
Às vésperas de competições internacionais importantes
lutadores no topo da modalidade no Amazonas lutam não só no tatame, mas também
para viabilizar sua própria participação nestas competições
Mesmo sem a estrutura que
dispõem os grandes centros de artes marciais no mundo, o estado do Amazonas vem
consolidando a tradição de revelar grandes atletas para o mundo da luta, como o
manauara José Aldo, campeão dos peso pena do Ultimate Fighting Championship
(UFC), ou mesmo o recém “descoberto” Dyleno Lopes, finalista do Tuff Brasil,
reality show da tevê brasileira cujo campeão garante vaga na organização.
Um dos fatores que mais
contribuem para esse cenário é a conhecida vocação dos amazonenses para a
arte-suave, uma das lutas com maior predominância entre atletas de Artes
Marciais Mistas ou MMA. No entanto, até
quem é fera neste esporte milenar no Amazonas ainda sofre com a falta de apoio
público e privado para treinar e competir, o que dificulta a evolução dos
talentos.
Às vésperas de competições
internacionais importantes - como o Mundial de Jiu-Jítsu Esportivo, em São
Paulo, o Rio International Open, no Rio de Janeiro, ambos no fim de julho, e o
Mundial Máster de Jiu-Jítsu, em Las Vegas (EUA), em setembro -, lutadores no
topo da modalidade no Amazonas lutam não só no tatame, mas também para
viabilizar sua própria participação nestas competições.
Melhor do ano na categoria
leve pela Federação de Jiu-Jítsu do Amazonas (FFJJAM), Marcelinho Medeiros, 34,
da Associação Monteiro, garantiu vaga no Mundial de Jiu-Jítsu Esportivo ao
vencer a seletiva brasileira na categoria leve, no ano passado. Agora, ele se
prepara para disputar também o Mundial de Las Vegas, um dos mais difíceis do
mundo. Porém, tem que dividir se tempo com uma outra luta: a de arranjar
patrocínio pras viagens, para as quais só tem a passagem de avião.
“Somos talvez o esporte
que mais dá orgulho para o estado, porque hoje temos seis ou sete amazonenses
no UFC. Todos têm patrocínio da prefeitura”, diz Marcelo, lamentando a dificuldade
de apoio dos setores públicos e privados do esporte. “O problema é que eles só
patrocinam quando o cara já está lá”, critica Williams Jezini, outro que se
dedica ao esporte para representar o Amazonas em competições internacionais e
já teve viu as portas se fecharam para ele.
A eles se somam outros
talentosos nomes do jiu-jítsu no Amazonas, como os faixa-preta Clandevan
Martins, Maike Matos, William Couto, Clandevan Martins, Maeclay Silva e Orley
Passos, todos em situação semelhante. “Já ganhei passagem para ir para a
Argentina disputar o Mundial Absoluto e não tinha como me manter e como ficar”,
recorda Clandevan Martins, que também pode ficar de fora das competições no
sudeste por falta de apoio.
Um dos poucos esportes de
maior destaque do Amazonas no cenário mundial, o jiu-jítsu continuará revelando
talentos para o mundo da luta. Porém, com o necessário reconhecimento demandado
por esse atletas, o Amazonas apresentará para o mundo, cada vez mais, atletas
do porte de um José Aldo, que tanto visibilidade e orgulho devolvem para a
cidade.
Fonte/Foto:
A Critica/Evandro Seixas
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