PARÁ: PROFESSORES E GOVERNO VOLTAM A SE REUNIR HOJE, QUARTA FEIRA, 20
Professores fizeram ato em frente ao TJPA na manhã de ontem. Hoje vão se reunir com o governo para tentar chegar a um acordo |
Após um ato em frente à
Secretaria de Administração (Sead), o Sindicato dos Trabalhadores em Educação
Pública do Pará (Sintepp) vai se reunir hoje pela manhã com a Secretaria de
Educação (Seduc), Casa Civil e vice-governadoria para nova rodada de
negociações. A categoria luta também pela suspensão dos descontos por conta dos
dias não trabalhados na greve que já dura 56 dias.
Segundo Silvia Letícia,
secretária do Sintepp, o governo já havia dito que somente voltaria a negociar
se os professores finalizassem a greve, mas, por meio de um ato realizado na
segunda-feira (18), a categoria conseguiu marcar uma nova audiência com o
governo. “O órgão se comprometeu em sentar exclusivamente com o Sintepp para
uma nova audiência. Posteriormente, à tarde, já teremos a assembleia geral que
vai definir os rumos da greve”, disse.
Na manhã de ontem (19), os
trabalhadores estiveram reunidos em frente ao Tribunal de Justiça do Estado do
Pará, para aguardar o julgamento do recurso contra a decisão da desembargadora
Célia Regina, que autorizou o desconto no salário dos professores pelos dias
parados. No entanto, as Câmaras Cíveis Reunidas do TJPA mantiveram a decisão da
magistrada.
CORTES
Segundo Walmir Brelaz,
assessor jurídico do Sintepp, o governo já descontou quatro dias em março.
Agora a categoria corre o risco de ter os 30 dias referentes ao mês de abril
descontados.
“Na época, o governo pediu
a abusividade da greve e retorno imediato às salas de aula, mas a
desembargadora Gleide Moura já disse que não julgou o caso ainda, por isso a
greve não pode ser considerada abusiva. Mas, mesmo assim, o governo ameaçou e
já cortou os dias parados. Por conta disso, entramos com um mandato de
segurança contra o desconto referente a março e aos possíveis 30 dias de abril,
mas a desembargadora Célia Regina negou a liminar, alegando que mesmo que a
greve não seja considerada abusiva, o governo pode fazer os descontos”,
explicou Brelaz.
A partir de agora, a
categoria deverá recorrer ao Supremo Tribunal Federal. “Agora, o que nos cabe é
recorrer ao STF, que julga os casos em última instância, quando todas as tentativas
se esgotam aqui”, disse o advogado.
A categoria ficou reunida
em frente ao TJPA, localizado na avenida Almirante Barroso e ocupou a via no
sentido Entroncamento-São Brás. Algumas tendas foram montadas no meio da rua
para abrigar os manifestantes. O trânsito ficou bloqueado por agentes da Superintendência
Executiva de Mobilidade Urbana de Belém (Semob) na altura do retorno da avenida
Júlio Cezar, onde os veículos eram desviados. O bloqueio durou cerca de duas
horas. Na tarde de hoje, os educadores realizarão assembleia geral para avaliar
os rumos do movimento.
Fonte/Foto: Diário
do Pará/Ricardo Amanajás
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